Uma das funcionárias baleadas na cabeça durante um ataque dentro de um escritório da Caixa Econômica Federal em Salvador morreu no Hospital Geral do Estado. A informação foi confirmada, na noite desta quarta-feira (21), pelo superintendente da empresa na capital baiana, Anselmo Cunha. “Infelizmente, ela morreu durante a cirurgia. É um fato lamentável. Uma fatalidade que atinge todos nós profundamente”, disse Cunha, em contato com o G1 por telefone. A funcionária que morreu foi Marinoelia Andrade dos Santos, que tinha 51 anos. Além dela, outra funcionária foi baleada de raspão na cabeça e permanece internada no Hospital São Rafael. O estado de saúde dela não foi informado. Confira a reportagem do G1.
O autor do ataque foi o funcionário Glei Mario de Lemos Leal. O homem, que também era advogado, se matou após efetuar os disparos contra os colegas de trabalho. O crime ocorreu por volta das 14 horas desta quarta no Centro Empresarial Dois de Julho, na Avenida Paralela, onde fica o escritório da Caixa.
O alvo do funcionário que baleou as duas colegas seria o coordenador do departamento onde ele trabalhava. A informação foi divulgada pelo representante do Sindicato dos Bancários da Bahia, Cesar Cotrim, que disse ter conversado com funcionários que estavam no local no momento do ocorrido.
O chefe apontado como alvo, no entanto, não chegou a ser atingido, mas se feriu ao correr dos disparos. De acordo com o sindicato, ele machucou o ombro após uma queda.
Cotrim informou que ainda não sabe o que motivou o ataque, que ocorreu no 15º andar do prédio, onde funciona a Gerência de Filial do Fundo de Garantia (Gifug). O autor do ataque atuava no setor como escriturário.
No andar do edifício trabalham cerca de 50 pessoas. Funcionários que presenciaram o ocorrido foram orientados a não passar informações para a imprensa.
Logo após o ataque, parentes de pessoas que trabalham no local foram para o portão do edifício para tentar obter informações sobre o ocorrido. Equipes da Polícia Civil e do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estiveram dentro do prédio ouvindo testemunhas, enquanto duas viaturas da Polícia Militar ficaram posicionadas do lado de fora do edifício.
Em nota, a Caixa informou que os detalhes sobre o ocorrido serão repassados exclusivamente às autoridades policiais. A empresa divulgou, ainda, que está contribuindo com o trabalho de investigação e prestando suporte aos empregados e familiares envolvidos.
O superintendente Anselmo Cunha, classificou a situação como uma “tragédia”. “No momento, estamos dando apoio às pessoas que trabalham com os colegas que presenciaram o fato. Infelizmente, foi uma tragédia. A gente tem mesmo é que lamentar e aguardar para ver os desdobramentos dos fatos”, destacou.
O presidente do Sindicato dos Bancário da Bahia, Augusto Vasconcelos, também esteve no local, mas evitou falar sobre a situação e disse apenas que “todos estamos consternados” com o crime.