Executivo Conquistense: Herzem recebe EMURC com débito de R$ 23 milhões e “catatau de contas a pagar”

O ex-prefeito Guilherme Menezes de Andrade justificou que o débito existente se agravou na Empresa Municipal de Urbanização de Vitória da Conquista (EMURC) após o “golpe” que culminou no afastamento da petista Dilma Rousseff do Governo Federal deixando o cargo para o peemedebista Michel Temer. De acordo com o chefe da Procuradoria Geral do Município, Carlos Murilo Pimentel Mármore, o montante está em R$ 23 milhões. “Olha, nós temos que cumprir uma série de recomendações do prefeito eleito Herzem Gusmão, antes de tudo contra a imoralidade pública. A cidade vai tomar conhecimento, a população de Conquista vai tomar conhecimento de que ao contrário que sem sido apregoado, há necessidade de intensas reformas na máquina administrativa de Vitória da Conquista. Intensas reformas envolvendo diversos setores. Para que todos tenham ideia, só a EMURC, quando o prefeito atual diz que vai deixar a Prefeitura sem débitos, só a EMURC deve R$ 23 milhões, R$ 23 milhões”, disse ao BLOG DO ANDERSON antes de sua posse na tarde deste domingo (1). Ainda de acordo com Murilo Mármore, que também foi prefeito de Vitória da Conquista, o prefeito Herzem Gusmão Pereira recebe outras heranças financeiras deixadas pela antiga gestão. “Na Prefeitura há um catatau de contas a pagar que está sendo passada para o Governo de Herzem. Então não é correto que o prefeito que está saindo se dirija à população dizendo que não deve nada. Então a responsabilidade nossa na Procuradoria, a Procuradoria é uma assessoria meio, meio e as que são fim. Obras é fim, Educação é fim. A Procuradoria é justamente para assessorar o prefeito e as demais secretarias no sentido que não se cometam ilegalidades e é isso que nós faremos”, complementa. Em nota publicada no portal da Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, a informação é outra. “Na contramão da onda que arrasta governos estaduais e prefeituras em crise financeira, a Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista atravessa uma transição sem sobressaltos nas contas municipais. Além de todos os serviços estarem funcionando normalmente, a folha de pagamentos está em dia, como ocorre há 20 anos e o governo deixa dinheiro suficiente para quitar os restos a pagar e saldo positivo em várias contas. O prefeito que sai, Guilherme Menezes deixa um legado de muitas obras realizadas e outras dezenas em andamento com recursos assegurados para sua conclusão, a exemplo do Corredor Perimetral e a requalificação de 13 corredores de ônibus, além de pavimentação em inúmeras ruas. São cerca de R$ 65 milhões em financiamentos contratados junto à Caixa Econômica Federal e Ministério das Cidades (PAC2)”, diz um trecho. “A continuidade dos serviços de assistência social está assegurada com mais de R$ 2.500.000,00 depositados na conta da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. A Saúde dispõe de mais de R$ 3.000.000,00 e a Educação, mais de R$ 7.000.000,00. Nas contas do Tesouro, ou seja recursos próprios, outros R$ 4.000.000,00
e mais de $ 4.000.000,00 em convênios. Os números finais e precisos serão conhecidos amanhã, depois de processados os débitos e os créditos, como os recursos repassados pelo Governo Federal, correspondente às multas dos recursos repatriados, e o ICM-S de janeiro, antecipado pelo governador Rui Costa”, complementa. Ainda de acordo com Murilo, uma auditoria estará a real situação financeira.