O Ministério do Trabalho divulgou os resultados de fiscalizações de combate ao trabalho escravo no ano passado. Os dados foram atualizados até o último 6 de janeiro. Foram 108 operações, com 667 trabalhadores resgatados em situação semelhante à escravidão. Minas Gerais aparece em 1º lugar no número de trabalhadores resgatados, 141. Pará vem em 3º lugar com 77 trabalhadores resgatados e Maranhão em 6º, com 49. Segundo o Ministério, os resultados de 2016 apresentam significativa redução de fiscalizações e resgates em relação a 2015. A pasta justifica os números por greves realizadas pelos auditores-fiscais e pela mudança de governo com o processo de impeachment. A produção agropecuária continua ocupando as primeiras colocações entre os ramos onde se verifica a existência de trabalho análogo à escravidão, mas segundo o Ministério do Trabalho, uma tendência apresentada nos últimos anos persiste: a ocorrência deste tipo de exploração em setores de atividades tipicamente urbanas, como têxtil e construção civil. Nesta quarta-feira (25), auditores fiscais fizeram uma manifestação em frente ao Ministério do Trabalho, em Brasília, contra a impunidade. O dia de Combate ao Trabalho Escravo, 28 de janeiro, relembra a Chacina de Unaí, quando auditores foram mortos durante uma fiscalização. Após 13 anos do crime, os mandantes continuam em liberdade, apesar de terem sido condenados.
Justiça: Minas Gerais é estado com mais trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão
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