Na Rádio Clube de Conquista, mesma emissora que disse que não convocaria ninguém do Concurso Público, o prefeito Herzem Gusmão Pereira contou outra versão nesta segunda-feira (6) durante entrevista ao Sudoeste Agora. “A Lei de Responsabilidade Fiscal, a Prefeitura está batendo na trave e se o prefeito ultrapassa ele responde, ele responde até por improbidade administrativa. Ora, nós encontramos a Prefeitura em cima dos 54%. A Prefeitura de Conquista tem quase nove mil funcionários. Quase nove mil funcionários é a população, tem duzentas cidades mais ou menos na Bahia que não tem essa população. Estamos procurando onde eles [os 9 mil servidores] estão. Claro que muitos nós encontramos, que trabalham, etc. Iremos disparar nos próximos dias um recadastramento presencial, com empresa especializada. Iremos identificar que só após o recadastramento, por exemplo, eu chequei lá na nossa Prefeitura que pertence a todos nós, tomei conhecimento e a relação está em nossa mesa, mais de 300 funcionários da Prefeitura estão cedidos para vários órgãos. Nós estamos identificando, até igreja. A igreja tem o dízimo, nada contra, mas a Prefeitura não pode ceder funcionários porque ela já está no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal”, justificou. De acordo com o peemedebista, essa chamada poderá acontecer após o recadastramento de todos os servidores. “Mas depois desse recadastramento eu tenho certeza que vagas surgirão e o recadastramento para identificar aqueles que estão em desvio de função. É algo escandaloso. Cidadão preparado que tem terceiro grau, nível universitário, faz um concurso para mecânico, para serviços gerais e passa para ter o direito de entrar na Prefeitura, quando ele entrar na Prefeitura aí vem as gratificações, diversas gratificações sem a medida”, revelou Gusmão Pereira. Para ele, após esse trabalho vão gerar vagas para mecânico, gari, serviços gerais e outras funções. Espaço para novos professores não foi comentado.