Jeremias Macário | Jornalista | [email protected]
Cada vez fica melhor. Assim foi o Sarau do Espaço Cultural A Estrada do último sábado, dia 10, que prestou uma homenagem ao eterno Luiz Gonzaga e as influências das culturas europeia e afrodescendentes em nossas festas juninas, tendo como símbolo maior o fogo. Mano di Souza abriu os trabalhos preparatórios com sua voz e violão através de uma modinha popular que faz alusão aos donos da casa.
Como sempre, as cantorias e violadas nas vozes de Walter Lages, Baducha, Mano di Souza, Marta Moreno e Dorinho, as declamações de poemas e causos, as discussões e bate-papos variados acompanhados do vinho, da cerveja gelada, da cachacinha e de uma comida para forrar o estômago vararam a noite até altas horas da madrugada.
O professor Itamar Aguiar, como sempre presente aos nossos eventos, discorreu sobre as influências das religiões afro e católica em nossas festas de São João. Na ocasião foi sorteado o livro de sua autoria com o acadêmico Ronaldo Senna, que fala da comunidade de Remanso (Lenções) e suas tradições populares. O sortudo foi o companheiro jornalista Sérgio Fonseca que prestigiou nosso encontro.
Foi uma noitada totalmente descontraída e democrática no sentido mais amplo da palavra que contou ainda com a participação do fotógrafo José Carlos D´Almeida que registrou o Sarau, Nil e sua colega professora que vieram conhecer nossa reunião pela primeira vez. Estiveram ainda entre nós a professora Helen e seu esposo Adilson, Vitorino com seus causos divertidos, Cleide, Clea dentre outros presentes que saíram satisfeitos e elogiando a programação. Leia na íntegra.
Vandilza Gonçalves foi mais uma vez a anfitriã que recebeu a todos com alegria e dedicação impar com aquela comida deliciosa que só ela sabe fazer. Desta vez entrou como prato principal o surubim seco do Rio São Francisco e o pirão da cabeça do peixe que logo foi devorado por todos e ficou com o gosto de quero mais. Não faltaram também o amendoim, o beiju e outras comidas típicas do período junino.
O Sarau A Estrada já está completando sete anos de existência e já se transformou num ponto cultural que reúne amigos, artistas, professores, intelectuais e interessados que gostam de cultivar o debate, o conhecimento e também o prazer da diversão num ambiente de amizade e fraternidade.
O evento é uma produção colaborativa de todos frequentadores que entram com a bebida, a comida e, principalmente, a troca de conhecimento de cada um, de acordo com sua área de atuação, como artista, poeta, compositor, escritor, fotógrafo e professor. No Sarau solidário, todos contribuem com sua parte e no final todos ganham.