Jeremias Macário | Jornalista | [email protected]
Ainda não se tem um projeto e nada saiu do papel além das ideias. Mais uma vez, como na novela do aeroporto cujas obras do Terminal de Passageiros só agora estão saindo, depois de muitos anos de debates, a questão é sobre a falta de água em Vitória da Conquista onde o anúncio da licitação do projeto da Barragem do Catolé foi adiado porque o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) não concedeu a licença ambiental. No meio dessa polêmica nasce o Movimento “Mais Água É Conquista”, liderado pelos empresários José Maria e Luciano Bonfim que defendem trazer água da Barragem de Anagé para abastecer a cidade. Segundo eles, o reservatório é subutilizado, sem contar que os custos e o impacto ambiental são bem menores que os da Barragem do Catolé. Também conta o tempo dos serviços e outros benefícios à população. Lei na íntegra.
De acordo com José Maria, a capacidade de Agua Fria I e II, em Barra do Choça, é de 6.000.000 de metros cúbicos, enquanto Anagé tem 367 milhões de metros cúbicos, suficientes para atender a demanda por longos anos de Vitória da Conquista, a terceira maior cidade da Bahia com mais de 350 mil habitantes.
Pelos cálculos redondos, a Barragem do Catolé vai exigir investimentos da ordem de 180 milhões de reais e um tempo de quatro a cinco anos de construção. Já o projeto sugerido de um aqueduto de Anagé, incluindo seis estações elevatórias, equipamentos de bombeamento, rede elétrica, tubulações de 60 quilômetros e um parque fotovoltaico de energia solar demandará recursos de pouco mais de 60 milhões de reais em menor tempo para ficar pronto.
IMPACTO AMBIENTAL
A Barragem de Anagé, como todos devem saber, foi construída pelo DNOCS (Departamento de Obras Contra a Seca) entre as décadas de 70 a 80, com objetivos, além de atender o consumo humano, implantar um perímetro irrigado em seu entorno, mas transformou-se em área de lazer e em propriedades de abastados para veraneio entre os municípios do mesmo nome e Caraíbas.
Portanto, é subutilizada e poderia muito bem abastecer Vitória da Conquista através de uma adutora com estações elevatórias, sem provocar os mesmos impactos ambientais que vão acarretar a Barragem de Catolé com a formação de um grande lago em parte da Mata Atlântica.
A licitação para a obra do Catolé ainda depende de aprovação do Ibama, o que demanda mais tempo, prolongando o racionamento de água que já foi decretado pela Embasa pela terceira vez e já dura mais de um ano.
Enquanto não se tem uma definição, a população sofre. Conforme calendário da empresa estatal, são três dias com água e três não, só que, a maioria dos bairros só recebe o líquido durante um dia. Tem local que fica um mês com as torneiras secas.
2 Respostas para “Jeremias Macário: Mais águas é Conquista”
deusdedite C. Lima
É uma ótima Idéia que deve ser analisada com muita atenção,tem fundamentos.
ISRAEL PEREIRA ANDRADE
Enquanto o projeto da nova barragem para V.da Conquista,municípios e algumas cidades vizinhas-Não sai do papel”.Este aqueduto forneceria(conjuntamente com as barragens Água Fria I e II) até a nova barragem ficar pronta.Vez que a tendência de V.da Conquista municípios é crescer continuamente em termos populacionais.Daqui a trinta anos,V.da Conquista e municípios,ultrapassaram 2000.000 de habitantes.Portanto, o meio ambiente terá que ceder ESPAÇO para tanta gente.Uma nova barragem,agora é necessária.