Adriana Lopes | Discente | [email protected]
Julho parece mesmo ser um mês destinado a significativas libertações. Uma retrospectiva histórica nos remete ao dia 7 de setembro de 1822, em que dom Pedro I proclamou a independência do Brasil. Esse dia é considerado a data da emancipação do país como nação, entretanto, durante algum tempo ocorreram lutas em diversos pontos do território brasileiro contra tropas portuguesas, que defendiam a continuidade da dominação de Portugal sobre o Brasil. Essas lutas pela consolidação da independência prolongaram-se do final de 1822 ao final de 1823. Leia a na íntegra.
A Bahia, por exemplo, continuava sobre o domínio português, Salvador era um foco de resistência à independência da Colônia As tropas fieis a Portugal foram derrotadas somente em 2 de julho de 1823, o episodio, além de marcar as lutas finais pela Independência “real” do Brasil, motivou a criação de um feriado onde se comemora a Independência da Bahia.
Fatos históricos evidenciam também, que em 4 de Julho de 1776, após uma luta de 20 anos pela Independência, os americanos declaravam que não seriam mais súditos do Império Britânico, sendo a Declaração de Independência dos Estados Unidos finalizada e aprovada.
Acreditando que a vida no corpo seja somente uma oportunidade para o Espírito educar-se e preparar-se para novas jornadas, cada vez menos dolorosas e em mundos mais adiantados; vislumbrei o dia 8 de julho de 2016, dia do desencarne de Paulo Ludovico, como sendo o dia da Independência Ludovico.
Naquele momento, mesmo tomada por uma dor terrível de quem está perdendo um amigo impar, companheiro inseparável das horas de angustia e alegria, vendo o sofrimento dos familiares, de diversos outros amigos ali presente; parei e comecei a imaginar “Paulão” no seu próprio velório. O que pensaria ele? O que escreveria sobre o acontecimento nos Blogs? Coisa que gostava tanto de fazer…
Peguei-me rindo baixinho… Imaginei-o rindo de minha atrapalhação ao me despedir, depois o imaginei narrando esse evento com muita naturalidade e dizendo: – É hoje! A Independência Ludovico, na progressão 2, 4 e 8; eu sou importante hehehe!!!.
Nós não somos o corpo físico, estamos dentro dele, somos a alma. A estrutura orgânica é apenas a morada de nossa consciência, que é claro, merece cuidados. Nesta senda, o desencarne é a independência do espírito, que estava preso, limitado a um corpo físico e sem consciência da imensidão do Todo. Não é o fim, mas a volta ao nosso lar.
Encarnados, também somos espíritos, porém, o que nos diferencia daqueles que estão em outro plano é que estamos na matéria. Então quando terminarmos nossa missão nesta existência partiremos para Casa e lá nos reencontraremos.
Hoje, tomada por uma saudade imensa, reflito sobre o quanto viver é educar-se para a morte. Será que somos egoístas? À medida que quando dá-se o desencarne de um familiar, um amigo, um parente, não conseguimos pensar que é o melhor caminho, que é o momento do retorno, que não é por acaso. E penso: “o que EU vou fazer sem aquela pessoa? Como EU vou ficar sozinho? EU vou sentir saudades e tristeza, e agora? Sempre focamos em nós.
È claro que sentimos saudades, mas é preciso compreender que a separação é temporária e que vamos e voltamos muitas vezes.
Não existe a morte, mas apenas a Independência da alma que é eterna, o desprendimento da matéria que já não nos serve de abrigo passageiro.
Apesar de saber que cada um tem suas crenças, as quais devem ser respeitadas, o importante é nos vermos como almas em evolução e ao nos depararmos com o desencarne de um amigo ou familiar, compreender que tudo tem seu tempo certo e não é por acaso.
8 de Julho, viva a Independência Ludovico!!!
Saudades Eternas…
Uma Resposta para “8 de Julho: A independência Ludovico”
Rosangela Caldas
Belo texto e excelente homenagem!