Operação Melinoe: PF e CGU detalham os desvios dos recursos da educação com funcionários fantasmas em Jequié

Fotos: BLOG DO ANDERSON

A Operação Melinoe mobilizou a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União em quatro cidades nesta terça-feira (5): Jequié, Jaguaquara, Salvador e Vitória da Conquista. Cinquenta e oito policiais federais e seis auditores da CGU cumprem 23 mandados de condução coercitiva, 18 de busca e apreensão e cinco mandados de medidas cautelares em Jequié, Jaguaquara e Salvador. Entre os alvos da operação está uma ex-vereadora de Jequié, que desviava recursos por meio de um suposto fornecimento de funcionários terceirizados fantasmas, segundo a PF.

Entre esses funcionários, que deveriam atuar na Secretaria de Educação de Jequié, estavam dois sobrinhos da vereadora que não residiam na cidade. O nome da ex-vereadora não foi revelado pela Polícia Federal. A PF constatou também que a mesma vereadora pagou salário a, pelo menos, 35 funcionários que nunca atuaram nas escolas que teriam sido designados. De acordo com o levantamento feito durante as investigações, a empresa terceirizada recebeu do município de Jequié, entre 2013 e 2017, cerca de R$ 63 milhões.

Deste total, R$ 7 milhões já foram identificados como recursos federais, especificamente de Precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF). A PF estima um prejuízo aos cofres públicos de mais de R$ 1,5 milhão. Em entrevista coletiva o delegado Rodrigo Souza Kolbe e o superintendente da CGU, Ronaldo Machado de Oliveira, detalharam a Operação Melinoe.


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