Dia Nacional da Visibilidade Trans: Mostra Historiográfica foi realizada em Vitória da Conquista

Fotos: Divulgação | PMVC

Em celebração ao Dia Nacional da Visibilidade Trans, a Coordenação de Políticas de Promoção da Cidadania e Direitos LGBT e o Coletivo Cultural Finas realizaram segunda-feira (29) uma mostra historiográfica de pessoas trans no Museu Régis Pacheco. O objetivo da mostra é contar a história de vida de travestis e transexuais que são assistidos pela coordenação LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros]. Segundo Olinda Pereira, gerente municipal de políticas LGBT, “a mostra conta muito sobre a história de nossas assistidas. É um momento de autoafirmação e também um marco na luta pelos direitos humanos, cidadania e respeito à identidade de gênero”.

Já José Mario Barbosa, coordenador municipal de políticas LGBT, garantiu que “este evento é mais um passo para garantir visibilidade aos travestis e transexuais. Além de todo o preconceito, esse grupo também sofre dificuldades para se inserir no mercado de trabalho. Sentem-se, portanto, excluídos da sociedade”. José Mario afirma que a coordenação já planeja, ao longo de 2018, trabalhar pela educação formal de travestis com baixa escolaridade.

Rafaela Sousa, presidente do Coletivo Finas, afirmou que o coletivo “ficou muito agradecido com o apoio da Prefeitura Municipal, pois o evento é de suma importância para que a sociedade entenda e perceba o valor que nós, travestis e transexuais, temos”. Nina Azevedo, 25 anos, é uma estilista trans. Ela compareceu ao evento e fez questão de destacar a importância na data. “No dia de hoje é importante que as pessoas compareçam, nos acolham e abracem essa causa. O mundo em que vivemos nos exclui do meio social. Só assim conseguiremos conquistar nossos direitos como seres humanos”. Leia a íntegra.

Luna Ravena, 44 anos, trans conquistense, aproveitou o evento para fazer uma performance em homenagem ao dia. Ela esclareceu a diferença entre trans e travesti: “O trans se caracteriza pela transformação do sexo, o travesti se caracteriza pela transformação da vestimenta. Ambos valem para ambos os sexos, tanto para o feminino quanto o masculino”.

Toda equipe da Coordenação de Políticas de Promoção da Cidadania e Direitos LGBT esteve na mostra, incluindo Lea dos Santos Carvalho, que é assistente jurídica. Ela explicou que “o trabalho da assistência jurídica é diário para aqueles que enfrentam preconceito, resistência da sociedade ou do próprio mundo jurídico”

Advogada da coordenação, Cleonice Santos destacou que o principal desafio da assistência jurídica é trazer o público LGBT para dentro da coordenação. “Queremos trazer esse público para os nossos eventos, para explicar que eles podem sim ter um espaço na sociedade. Sofremos muita resistência também em convencer as famílias a conhecer o trabalho da coordenação e a não se distanciarem dos nossos assistidos”, finalizou a advogada.


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