O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou a aplicação de medidas cautelares contra o deputado federal Lúcio Quadros Vieira Lima (PMDB-BA) e a mãe, Marluce Quadros Vieira Lima, no inquérito que investiga a origem de R$ 51 milhões apreendidos em setembro em um apartamento em Salvador. Segundo as investigações, o apartamento onde foi feita a apreensão era usado como uma espécie de “bunker” pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima, irmão de Lúcio. Leia a reportagem do G1.
As medidas cautelares, pedidas pela Procuradoria Geral da República (PGR) em dezembro, foram: recolhimento domiciliar noturno de Lúcio Vieira Lima, com uso de tornozeleira, e a prisão domiciliar de Marluce
Ao fazer a solicitação, a PGR alegou “indícios de novos crimes de peculato” e “de novos crimes de lavagem de dinheiro”. Mas o ministro Fachin não acolheu os argumentos.
“Não constato, no atual panorama processual, a necessidade de decretação das medidas cautelares”, decidiu Fachin.
Geddel, Lúcio Vieira Lima, Marluce, o ex-assessor Job Ribeiro Brandão, o ex-diretor da Defesa Civil de Salvador Gustavo Ferraz e o sócio da empresa Cosbat Luiz Fernando Machado da Costa Filho foram denunciados pelo Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Geddel está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, desde setembro após a descoberta da fortuna, a maior apreensão de dinheiro vivo da história da PF.