Entrevista Coletiva: delegado detalha a Operação Factum que prendeu quatro pessoas em Vitória da Conquista

Fotos: BLOG DO ANDERSON

Na reportagem especial da Rádio Clube de Conquista que o BLOG DO ANDERSON reproduz na íntegra, detalha a Operação Factum, deflagrada nesta terça-feira (3) pela Polícia Federal. Na Operação a PF apreendeu mais de R$ 460 mil na casa do chefe do Cartório do 1º Ofício de Registro de Imóveis e Hipotecas da Comarca de Vitória da Conquista, que foi preso. Um “cartório paralelo” foi localizado pelos policiais no imóvel. Foram encontrados na casa R$ 71.780 em espécie, R$ 390 mil em cheques (datados de 2015), U$ 2.707 e 10 francos suíços. O titular do Cartório encontra-se detido no Conjunto Penal de Vitória da Conquista em cumprimento a um mandado de prisão preventiva depois de aparecer em um vídeo, divulgado pela PF, recebendo uma “taxa de agilização” para realização de serviços de possíveis despachantes e de corretores de imóveis. “Ele mantinha um cartório paralelo dentro da casa dele, porque ele fazia boa parte do trabalho do cartório dentro de casa. Ele fazia parte do expediente do cartório na sua casa com suas filhas.

Tinha uma impressora já com papel timbrado do cartório na casa dele, o que não é permitido pelo Tribunal de Justiça da Bahia”, explicou, em coletiva de imprensa, o delegado Jorge Vinícius Gobira Nunes. Também foi cumprido um mandado de busca na casa do chefe do cartório em Salvador. Uma das filhas do titular do Cartório, que é considerada pela polícia um “braço direito” do pai no esquema, também foi detida. Também se encontram presas outras duas mulheres. Os nomes dos presos foram divulgados pelo Ministério Público Federal (MPF-BA), que atuou em conjunto com a PF na operação. No total, são cumpridos oito mandados de busca e apreensão em escritórios e residências, além de medidas cautelares diversas em Vitória da Conquista e também em Salvador. Cinquenta e sete policiais federais participam da operação. As investigações tiveram origem em 2016, quando houve o descumprimento, por parte do titular do cartório, de decisões oriundas da Justiça Federal e da Justiça do Trabalho. Após prejuízo à União, em face desses descumprimentos, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) fixou a competência da Justiça Federal para o processamento do inquérito policial e das medidas cautelares correlatas.


Os comentários estão fechados.