
O imbróglio do Transporte Público Conquistense tem movimentado seguidores e opositores do prefeito Herzem Gusmão Pereira. Contrariados com normas lançadas no Edital de Concorrência Pública Nº 02/2018 para legalizar as vans para o Sistema, vanzeiros realizaram protestos que deixaram muita gente assustada na quinta e sexta-feira (27 e 28 de abril). Logo depois, Herzem acatou parte da Recomendação do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) e suspendeu o certame que seria realizado na quarta-feira (2). Em entrevista ao BLOG DO ANDERSON, o presidente da Câmara Municipal de Vitória da Conquista, Hermínio Oliveira Neto (PPS), disse que “nesta semana terá uma Tribuna Livre que vai falar sobre esse tema das vans, o Transporte Alternativo”. Indagado pelo jornalista Giorlando Lima sobre esse momento em que a sociedade está tensa numa possibilidade da Câmara chamar essa responsabilidade e dizer “prefeito mande pra cá, vamos conversar aqui, vamos dialogar com os vanzeiros. A Câmara não poderia ser esse elo de diálogo entre os dois lados? ”.
“Exatamente, podemos proceder dessa maneira. Vamos aguardar para semana que vem, o líder, o presidente da Associação usar a Tribuna, falar. A gente marcou uma audiência para conversar com o prefeito, os dois poderes: a Câmara de Vereadores com a Prefeitura”, respondeu Hermínio. Segundo ele, “esse Transporte Clandestino entrou por causa da falta de quantidade do Transporte Urbano de nossa cidade”. “A Vitória, por exemplo, não tem qualidade e nem quantidade. No horário de pico a gente vê os estudantes, os trabalhadores perdendo horários. 60% das linhas só tem dois ônibus, quando um [carro] quebra não tem reserva, a gente vê muita ineficiência nesse transporte da Vitória, carro quebrando, fazendo chupeta de bateria. Mau estado de conservação dos veículos. A Cidade Verde tem o padrão de qualidade, mas precisa de mais quantidade”, disse Oliveira ao BLOG DO ANDERSON. “Eu acho que Conquista precisa hoje de 200 ônibus, só tem 160, 80 de um lado, 80 do outro. A Vitória eu acho que não tem nem 80 ônibus. Hoje é muito pouco para uma população de mais de 340 mil habitantes”, completou.