Doutor João Batista Castro Junior sobre Lula: não condenaria como juiz alguém com aquela deficiência probante

Foto: BLOG DO ANDERSON

A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) promoveu na noite desta quarta-feira (2), o “Lula Livre: o fascismo penal no Brasil”. Na mesa no Teatro Glauber Rocha estavam o professor doutor da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), João Batista Castro Junior, a professora doutora da UESB Luciana Santos Silva, o delegado de Polícia Civil Luiz Henrique Machado de Paula e o acadêmico de Direito Florisvaldo de Jesus Silva. Para o professor João Batista Castro Junior, foi um evento de suma importância. “De grande pertinência no atual contexto político que nós estamos vivendo, infelizmente debates técnicos não estão sendo feitos numa linguagem que possam fazer que o não técnico do Direito entenda. Acredito que a proposta deste em particular foi essa. Como eu disse, as luzes estão apagadas nas instituições por algum tipo de conveniência, as pessoas não estão debatendo sobre isso, deixam se guiar por uma única fonte noticiosa e começa a ter comportamentos de acordo com essa fonte”, disse em entrevista ao BLOG DO ANDERSON. Sobre o processo que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lúcia da Silva a uma pena em regime fechado de 12 anos e um mês, o doutor João Batista observou “na qualidade de professor como uma das coisas mais produtivas e cooperativas dos últimos tempos com o aperfeiçoamento da democracia”. “É importante que você utilize os instrumentos jurídicos para forçar os juízes e tribunais a entenderem que a preocupação é grande e não pequena” afirmou Castro Junior. Indagado sobre uma possível ilegalidade nessa prisão de Lula, ele respondeu que “eu diria que faltam consistências probatória”. “Eu não condenaria como juiz alguém com aquela deficiência probante”, completou.


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