Jorge Maia | Professor e Advogado | [email protected]
Uma canção de ninar, para uns, e uma declaração de amor para os apaixonados. Todos nós a conhecemos e em algum momento da vida a cantarolamos. Às vezes para embalar o sono dos filhos, em outros momentos para declarar o nosso amor. Já a cantei para os meus filhos, hoje a canto para os meus netos. A simplicidade e o lirismo dos versos nos embalam em certa inocência. >>>>>>
Não penso que alguém queira ser dono de uma rua, isso é apenas uma brincadeira entre Mônica e Cebolinha, mas desejar ladrilhar com pedrinhas de brilhante é um sonho de beleza perfeitamente dispensável, pois basta que a rua seja limpa, ampla e segura.
As ruas compõem a cidade e devem ser as passarelas democráticas nas quais passam todos; o belo, o feio, o negro o branco, o rico o pobre, enfim, todos. O povo e o administrador público devem ter um apreço especial pelas ruas. Elas são nossas e precisam estar bem cuidadas, limpas e bonitas.
As ruas são nossas, as praças também, apenas o céu é do condor. A nossa proximidade com a rua nos obriga cuidar da sua configuração, pois ela é a continuidade da nossa casa, uma vez que cada casa está situada em uma rua.
Cada município deve ter o cuidado especial com as suas ruas, mas é preciso que cada cidadão se comprometa a colaborar com a sua limpeza e demais aspectos, pois é incompreensível que lixo seja colocado fora do horário, latas e garrafas sejam atiradas de veículos, como se a rua fosse um aterro sanitário. Falta cidadania e civismo e a rua não será bela se depender apenas do poder público. Deveria ser criada uma disciplina curricular para todas as escolas: O cidadão e a sua relação com a rua.
Ah, se esta rua fosse minha! Eu mandava ladrilhar para todas as pessoas passarem. Ela seria impecável na limpeza. Haveria muitas árvores e sob elas bancos para os amigos trocarem dois dedos de prosa e para os jovens trocarem promessa de amor, ou de estabelecerem laços de amizade e vizinhos colocar a conversa em dia.
Ah, se esta rua fosse minha! Haveria canteiros de miosótis, amor perfeito e jasmim, tudo isso só p’ra ver todo mundo passar feliz respirando ar puro e sentir-se também dono da minha rua.
Mas a rua não é minha, mas, ainda assim, tenho árvores no passeio da minha casa, sem contar as demais plantas, todas visitadas por pássaros e em especial por um beija-flor que no início da manhã visita o meu simples jardim. Às vezes eu penso que um desconto no IPTU poderia incentivar o plantio de arvores em nossa cidade. VC250818