A sexta edição do Festival Suíça Bahiana teve início nessa sexta-feira (19). Apresentaram-se no palco do Teatro do Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima nomes da música nacional e local, como Supercombo, Ana Barroso e Luiza Audaz.
Ana Barroso, que une originalidade e tradição, foi a primeira a se apresentar, por volta das 20h. O show durou cerca de quarenta minutos e a artista fez uma homenagem ao capoeirista Moa do Katendê por meio da música de Caetano Veloso, “Badauê”. O capoeirista foi morto no dia das eleições do primeiro turno, após uma discussão política em um bar de Salvador. Além disso, durante sua apresentação, muitos dos seus fãs aglomeraram-se à frente do palco e performaram passos marcantes da dança e da cultura nordestina, como o xaxado e o forró. Ao final, Ana levantou uma bandeira vermelha em apoio à Fernando Haddad e Luiz Inácio Lula da Silva.
“Foi mais pelo momento mesmo, sabe? Eu sou muito fã dessa cantora e ver ela cantando dá um ânimo, principalmente samba. E toda essa galera se conhece, então um chamou o outro para o palco “vamos dançar, vamos dançar”, todo mundo com aquela vergonha (…) mas chegou aqui todo mundo foi dançando e se divertindo. Eu achei o show incrível, ela canta muito bem e eu sou fã dela desde o começo da carreira, então, é uma grande emoção.”, conta Sérgio Gabriel, de 15 anos, que dançava em frente ao palco.
A segunda atração foi a cantora Cata Raybaud. Representando a Argentina, a jovem de Buenos Aires acaba de lançar seu novo trabalho intitulado “Tribu”. Durante sua apresentação, a plateia a ovacionou e acompanhou as músicas com palmas ritmadas.
A soteropolitana Aiace foi a terceira atração da noite. A cantautora baiana foi acompanhada por percussão, voz e corda. A também vocalista da banda Sertanília aproveitou a oportunidade para promover seu novo álbum solo, “Dentro Ali”, que contém dez faixas. Aiace destacou que diante da situação política vivida pelo Brasil, “precisamos votar por amor, não por ódio.”
Luiza Audaz, cantora e compositora de Vitória da Conquista, busca trazer em seus trabalhos experimentações entre a música eletrônica e a música popular brasileira. Ainda com a plateia cheia, muitos dos seus admiradores sentaram-se diante do palco, no chão do teatro. A cantora levou muitos dos fãs à loucura ao cantar seus hits mais conhecidos.
O festival, para além das atrações foi alvo de diversos elogios e também um espaço para conhecer novas bandas, como para Amanda Nóbrega, 26 anos. “Hoje foi só o comecinho, então tem muita coisa aí por vir. O Coletivo Suíça Bahiana todos os anos se propõe a fazer um festival muito bem organizado, e esse ano não está diferente. A estrutura está muito boa, a galera, a vibe massa, bem acolhedor. A expectativa para hoje e para os outros dias é muito boa. Eu quero muito ver Maglore, já vi outras vezes e quero ver novamente”, contou.
Um dos shows mais esperados da noite foi o da banda capixaba Supercombo. Vanessa, que estava trabalhando no local, encontrou um tempinho só para ver a banda. “Eu estava lá embaixo, subi agora para dar uma olhada. Estou achando o festival ótimo e também estar trabalhando aqui os outros dias.”, relata a jovem de 29 anos.
Hoje (20) e amanhã (21), esperam-se que nove bandas e artistas apresentem-se no palco Maneca Grosso e mais de cinco por dia nos palcos Desordem e Banca Sul. Os destaques ficam para as bandas chilenas La Pichanga e Fiebre Séptica e os headlines Maglore e Rubel.
Por Lívia Medeiros*
*Lívia Medeiros é estudante de Jornalismo da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e participa da oficina de Assessoria de Imprensa do Festival Suíça Bahiana 2018.