O presidente da República Brasileira eleito Jair Messias Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (5) que, neste momento, não considera “adequado” oferecer um ministério para o senador Magno Malta (PR-ES), um dos principais defensores de candidatura nas Eleições 2018. Segundo ele, o “perfil” do parlamentar do PR “não se enquadrou” no desenho do futuro ministério. Havia a expectativa de que o parlamentar do Espírito Santo, nascido em Macarani, no Sudoeste Baiano, que foi cabo eleitoral de Bolsonaro na Campanha Presidencial e não conseguiu se reeleger para o Senado em outubro, fosse indicado para o comando de alguma pasta na Esplanada dos Ministérios. Questionado sobre a possibilidade de que Magno Malta vir a ser indicado para o comando de uma das últimas duas vagas em aberto no primeiro escalão, Bolsonaro disse aos jornalistas que se sente “devedor” e “grato” ao senador e que “as portas estão abertas” para ele no futuro governo. Mas, na avaliação do presidente eleito, Malta pode “servir à Pátria” em outra função. Confira a reportagem do G1.
“Todos os meus amigos, que me ajudaram desde a campanha, se eu fosse ofertar-lhe um ministério… Ficaria complicado da minha parte. Tenho uma dívida de gratidão com ele [Magno Malta], me ajudou muito durante a campanha, mas não houve durante a campanha um comprometimento nesse sentido”, complementou o presidente eleito.
Bolsonaro destacou ainda que, no período da articulação de alianças, ele ofereceu a Magno Malta a vaga de vice na chapa presidencial, mas o senador do PR preferiu tentar a reeleição.
“Eu ofereci como vice-presidente, ele achou melhor disputar o Senado e, acabando o Senado, ele não foi reeleito. Tínhamos um desenho do ministério na cabeça. Infelizmente não coube o perfil dele, não se enquadrou nessa questão. Apenas isso”, disse.
No início da noite, Magno Malta foi questionado no Senado sobre as declarações de Bolsonaro de que o perfil dele não se enquadrava no do futuro governo.
Ao responder, o senador disse que o repórter deveria formular a pergunta ao próprio presidente eleito.
Indagado por jornalistas sobre se se arrependia de ter apoiado Jair Bolsonaro na campanha presidencial e, no final das contas, não ter sido convidado para integrar a nova gestão, o senador do PR disse que continua lutando e defendendo o amigo.
“Não me arrependo de nada, faria tudo de novo”, declarou o parlamentar capixaba.
“Não sou um homem de frustração. Sou um homem de luta e luta pelo que acredito. As pessoas acham bonito quando se fala de Nietzsche e de Marighella. Quando você fala de Bíblia, elas se espinham. Eu sou um homem que depende de Deus, acredito nas coisas de Deus. Deus levantou Bolsonaro e pronto”, afirmou.