Um professor do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) morreu, na manhã desta quinta-feira (17), após ser espancado no último domingo (13), em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais.
De acordo com a instituição, Haroldo de Paiva Pereira, de 63 anos, era professor de artes e estava internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte. Ele é conhecido também pela luta contra a homofobia. Confira a rerportagem do G1.
O professor foi encontrado espancado dentro de casa depois que vizinhos estranharam que a porta da casa dele estava aberta. Segundo a Polícia Militar (PM), ele estava caído no chão do quarto, com ferimentos no rosto e na cabeça.
De acordo com o delegado regional de Ouro Preto, Isaias Confort Costa, o suspeito, Rafael Luís Oliveira Fernandes Ferreira, foi detido na casa dele, onde também foi cumprido um mandado de busca e apreensão. O homem, que já tem passagem pela polícia por tráfico de drogas e roubos, estava em liberdade condicional.
Após a prisão, ele confessou o crime, mas não se manifestou diretamente sobre os motivos que levaram à agressão.
De acordo com Costa, o professor e o suspeito eram conhecidos e, na noite antes do crime, estariam no mesmo bar. Ainda segundo o delegado, as investigações apontam que eles não chegaram nem saíram juntos do estabelecimento, mas, em um certo momento, teriam novamente se encontrado e seguido juntos para a casa do professor na moto dele.
Desentendimento
Segundo Costa, Rafael contou apenas que eles teriam se desentendido antes de iniciar a agressão. Após o crime, ele teria levado a moto do professor, que foi recuperada pela polícia na última terça-feira.
Notas de pesar e homenagens
O IFMG divulgou nesta manhã uma nota de pesar. “A Direção-Geral está no Hospital João XXIII, a fim de dar todo apoio a família. O IFMG – Campus Ouro Preto solidariza com a família enlutada”, afirmou a instituição.
Por meio de uma rede social, o Movimento Itabiritense de Lésbicas Gays Bissexuais e Travestis (ITALGBT) prestou uma homenagem ao professor e lembrou da luta da vítima contra a homofobia.
“Agradecemos imensamente a grande contribuição que Haroldo deu aos seus alunos e a sociedade ouro pretana, que será sempre lembrado pelo profissionalismo, inteligência, competência e sensibilidade para lidar com as adversidades, fazendo um enfrentamento a LGBTfobia. Sua morte não será em vão”, disse o ITALGBT.