Padre Carlos
As palavras podem ter conotação positivas e negativa, ou seja, se prestam a construir ou destruir pontes, separar ou unir pessoas, criar ou detonar relações humanas. De fato, mesmo quando escrevemos com intenções construtivas, o resultado pode ser o inverso. Simplesmente é impossível agradar a todos. Assim gostaria de partilhar hoje um fato que ocorreu e no final de outubro em uma agencia bancaria em Vitória da Conquista.
No dia 24 de outubro me dirigir à agência do Bradesco, localizada, na Rua Maximiliano Fernandes, no Centro de Vitória da Conquista. Quando cheguei ao local, notei a presença de um sujeito que apresentava sinais de perturbação nervosa, olhava para o vigilante de uma forma estranha, apesar de estar próximo à porta giratória sentir que este homem não tinha intenção de entrar, então passei a sua frente e assim tive acesso à parte interna do banco. >>>>>
Quando estava sendo atendido por uma funcionária, ouvir gritos e vários disparos, a orientação dos vigilantes era para que todos se abaixassem e ficassem debaixo das mesas. Naquele momento, tive a impressão que estávamos em uma praça de guerra, vidros quebrados pessoas gritando um grupo de evangélicos ajoelhados rezando e vários disparos. O nervosismo dos agentes em reforçar a porta dava a entender que o banco estava sobre ataque de uma quadrilha fortemente armada, O trauma e a sensação de pavor tomou conta de mim por ter um histórico da síndrome do pânico, ela é um tipo de transtorno de ansiedade no qual ocorrem crises inesperadas de desespero e medo intenso de que algo ruim aconteça, mesmo que não haja motivo algum para isso ou sinais de perigo iminente. Na verdade, o sujeito que tinha presenciado na entrada, se tratava de um doente mental e por descuido ou despreparo, conseguiu tomar a arma do vigilante e fazer diversos disparos. Esta ação poderia ter sido um atentado de grandes proporções e ter custado à vida de muitas pessoas. Poderíamos apontar muitos responsáveis por esta ação criminosa, o que não podemos é responsabilizar um doente mental pelos seus atos. Desta forma, o fato chama atenção para a responsabilidade de conduzir uma arma. Quem poderíamos responsabilizar, o banco a empresa ou o funcionário? Nesta hora a corda só quebra para o lado do mais fraco. Na verdade, ao terceirizar a segurança e as vidas dos seus funcionários e clientes o banco é o grande responsável por tudo o que aconteceu neste dia.
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