Luiz Caldas relembra a primeira vez que cantou em público: “foi num Colégio em Vitória da Conquista”

Foto: Maiana Belo | G1 BA

“Aos 16 anos eu subi no trio pela primeira vez”, relembra o multi-instrumentista, cantor e compositor Luiz Caldas. Com um vasto currículo no universo da Música Baiana, Luiz também tem o título de pai do Axé Music, ritmo que se espalhou pelo Brasil e pelo mundo na década de 80. Quarenta anos depois da estreia no trio, Luiz relembra momentos importantes e engraçados da vida artística, como, quando, no auge da carreira, ele era reconhecido pelo público por estar descalço. Hoje, com 56 anos, além das lembranças e shows ao som de hits dos anos 80 e 90, Luiz escreve diversas canções. O compositor destaca a importância de fazer música para levar reflexão e discussões sociais ao público, como é o caso do novo trabalho: “Respeito é bom e eu gosto”.

A música nova fala da diferença entre as pessoas e da necessidade de respeito à diversidade. A canção de trabalho de Luiz Caldas já está no repertório dos shows que o cantor está fazendo durante o verão.Sobre o carnaval, Luiz conta que a programação está em processo de agendamento, mas logo os fãs e admiradores vão ser informados dos desfiles na capital baiana e demais cidades. Dono de hits do Axé como como “Magia”, “Haja Amor”, “Fricote” e “Tieta”, Luiz detalha que o próprio estilo musical têm influências de outros estilos como o frevo, por exemplo. Por gostar de um repertório repleto de Música Brasileira, Luiz, que tem mais de 45 anos de carreira, leva para o público canções que passam pelo rock, forró, MPB e samba. Confira a reportagem do G1 BA.

 

Essa mistura musical, ele conta que foi aprendida quando ainda era criança e já “fazia” música. “Eu cantei em público a primeira vez com sete anos. Foi em um colégio em Vitória da Conquista, em um grupo chamado Aquário Sete. Ali eu vi o que eu queria para a minha vida, no entanto que, aos 10 anos, eu já estava morando fora de casa, tocando em baile”, contou. Sensação semelhante à dos sete anos, Luiz conta que ocorreu aos 16, quando ele estreou em uma apresentação no trio elétrico, na cidade baiana de Ibicaraí. Luiz também detalhou como foi a carreira musical na infância e adolescência, quando ele ainda nem sonhava em ser o pai do Axé Music. “Dos sete aos 16 anos eu passei tocando nos bailes. Foi bom para mim porque foi onde eu aprendi essa coisa da intolerância musical: ‘Ah não gosto dessa música e não vou tocar’. Em baile não tem isso, você tinha que tocar tudo. Isso me deu um conhecimento musical muito legal para eu usar hoje no meu projeto, porque ele passa do heavy metal à valsa, do jazz ao samba, com muita naturalidade e essa naturalidade eu consegui no baile”, contou. Com relação a mistura musical que originou o axé, Luiz disse que o trio é uma “invenção baiana maravilhosa”, mas só tocava frevo e por isso ele pensou em inovar.


Os comentários estão fechados.