Um homem suspeito de matar o advogado Júlio Zacarias Ferraz, de 43 anos, foi preso na sexta-feira (23), durante uma operação da Polícia Civil para cumprir um mandado de prisão preventiva contra ele, em Feira de Santana. Outro suspeito é procurado. De acordo com a polícia, Cleidson Marques Vasconcelos, conhecido como “Vermelho”, e o outro homem, que não teve o nome divulgado, teriam cometido o crime a mando da ex-esposa do advogado, Glaucia Mara Ottan de Souza Machado. A mulher nega o crime, contudo foi presa no dia 14 de fevereiro, junto com a empregada doméstica que trabalhava para ela, identificada como Maria Luiza Borges do Carmo. Conforme a polícia, a funcionária teria sido a pessoa responsável pela contratação dos suspeitos, a mando de Glaucia. Leia a reportagem do G1.
Em depoimento, segundo a polícia, Maria contou que foi obrigada pela patroa a procurar os homens para matar Júlio. A mulher teria pago R$ 2 mil aos suspeitos para cometer o crime.
De acordo com a polícia, Glaucia não aceitava o fim do relacionamento com a vítima e tinha interesse nos bens dele. A polícia informou ainda que a suspeita tem passagens por outros crimes e já teria tentando matar o advogado em outro momento. Ela e a vítima têm dois filhos.
Glaucia, Maria e Cleidson estão no sistema prisional, à disposição da Justiça. O outro suspeito segue foragido.
Caso
Júlio Ferraz desapareceu no dia 15 de janeiro, no dia do aniversário dele e de um dos filhos, na cidade de Feira de Santana, onde morava. O corpo do advogado foi encontrado no dia seguinte, no município de Santo Amaro, no recôncavo da Bahia. No entanto, a polícia ainda não sabia que se tratava da vítima.
O corpo do advogado só foi identificado em 5 de fevereiro, um dia depois que a família registrou o desaparecimento dele. Os pais e irmãos de Júlio Ferraz são de Vitória da Conquista, no sudoeste do estado, e procuraram a polícia de Feira de Santana no dia 4 deste mês.
O corpo de Júlio ficou mais de 15 dias no Instituto Médico Legal (IML) de Santo Amaro até a identificação da vítima, que chegou a ser dada como indigente. O advogado foi enterrado no dia 7 de fevereiro, em Vitória da Conquista.