Mercado Livre: expansão preocupa varejo físico no Brasil

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O apetite do Mercado Livre, que nesta semana abre o Centro de Distribuição em Cajamar e anuncia R$ 3 bilhões de investimento para expansão de suas atividades no Brasil, preocupa redes e lojistas tradicionais do varejo físico. Nos bastidores, a concorrência se reúne, reclamando de que o competidor tem, na internet, um território mais livre para fechar os olhos diante de eventuais irregularidades, como a venda de itens falsificados por terceiros na plataforma. O Mercado Livre reúne mais de 600 ações no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, grande parte relacionada a consumidores. “Aumentam as ações de consumidores e lojistas porque o próprio site cresce, então é natural que cresçam os problemas jurídicos”, diz Adriano Mendes, advogado especialista em direito digital. Lojistas concorrentes dizem ter dificuldade de fazer com que o Mercado Livre retire produtos falsificados que, eventualmente, aparecem à venda na plataforma. ”O mecanismo de derrubada não é tão eficiente quanto o da Amazon”, diz Mendes. A empresa diz que marcas lesadas podem aderir ao Programa de Proteção à Propriedade Intelectual, que tem um canal direto para pedir a rápida remoção, e que todos os anúncios têm um botão de denúncia. Reportagem exibida nesta segunda-feira (25), na Folha de São Paulo.


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