Marco Antonio Jardim | @marcoajardim
Na observação dos mundos em que me coloco, nada é pequeno ou insignificante.
Tanto a janela de um trem quanto o tempo veloz que lá fora passava antes, nada é insular.
É a paisagem exuberante, cheia de vales, curvas, túneis, poeira celestial e tudo mais que eu puder avistar.
O que será?
É meu espírito apaixonado, concentrado na lua acima do mar, ou acostumado a qualquer outro satélite aparentemente estático.
É o sol que nasce do chapéu do horizonte, o mágico.
Ou a chuva das coisas vistas com outros olhos, a essência do que se agarra agora, já.
O multiverso está justamente nas coisas dos mundos a apreciar.
A dimensão testemunhada daqui ou a dobra do lado de lá.
Dizem que, na busca, cientistas chegaram ao corredor.
Mas são os escritores os tais definidores da ansiada fórmula do amor.
São eles que alçam vôo a mais um dia e renunciam às velhas convicções.
Que juntam tudo de curioso nas dimensões e saltam com o paraquedas dos versos.
É este meu cosmos: o tempo, a alma, a energia, o espaço total.
No rastro, só mesmo o sonho de ser imortal.