Em mensagens trocadas com integrantes do Ministério Público Federal, o procurador da Operação Lava-Jato Deltan Martinazzo Dallagnol indicou, às vésperas do segundo turno das Eleições 2018, que era preciso acelerar ações contra o senador Jaques Wagner, do Partido dos Trabalhadores. Nas mensagens, Dallagnol defende que a força-tarefa da operação expeça um mandado de busca e apreensão “por questão simbólica”. As informações são da jornalista Monica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, a partir de diálogos obtidos pelo site The Intercept Brasil. Na ocasião, o ex-ministro de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff havia sido eleito senador pela Bahia e o petista Fernando Haddad disputava o segundo turno das eleições com Jair Bolsonaro (PSL). Em um dos trechos das conversas, o procurador pergunta em um grupo: “Caros, Jaques Wagner evoluiu? É agora ou nunca… Temos alguma chance?”. Um outro procurador identificado como Athayde, e, provavelmente, Athayde Ribeiro Costa, da força-tarefa em Curitiba – responde: “As primeiras quebras em face dele não foram deferidas”. Mas novos fatos surgiram e eles iriam “pedir reconsideração”. Deltan devolve: “Isso é urgentíssimo. Tipo agora ou nunca kkkkk”. Informações da Veja, neste sábado (29).
Revelações do The Intercept Brasil: Deltan quis acelerar ações contra Jaques Wagner antes do segundo turno
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