A Feira de Literatura de Mucugê (FLIGÊ), na Chapada Diamante, promoveu nesta sexta-feira (16), na Câmara Municipal, o 1º Encontro de Curadores e Organizadores de Festas Literárias da Bahia. O encontro buscou debater o fortalecimento dos eventos culturais, assim como a criação de novas propostas, discutindo conceitos, calendário e alternativas de financiamento. O encontro contou com a participação dos secretários estaduais Jerônimo Rodrigues, da Educação, e Arany Santana, da Cultura; da curadora da FLIGÊ, Ester Figueiredo; do deputado federal Waldenor Pereira; e de representantes culturais de feiras literárias de municípios como Canudos, Castro Alves, Palmeiras, Jequié, Feira de Santana, Caetité e Barra da Estiva, além de secretários municipais, educadores, artistas e editoras.
O secretário Jerônimo Rodrigues destacou a importância do encontro para o crescimento das Feiras Literárias no Estado. “Queremos iniciar um momento de discussão para termos algumas definições sobre o conceito das feiras. Não é padronizarmos o evento, mas garantir alguns pilares que ajudem na concepção de novas feiras. Também pretendemos criar um calendário mínimo para evitar um choque de datas para termos um calendário com um roteiro. Nossa proposta ainda é sistematizar as experiências para que tenhamos as boas práticas registradas para que sirvam como referência, além de compartilhamento de um plano de comunicação e a busca de alternativas no financiamento das feiras”, contou. >>>>>>
Para a secretária Arany Santana, o encontro marca a entrada definitiva da Educação nas festas literárias. “A FLIGÊ mostra sua maturidade quando apresenta um encontro que tem o objetivo de ampliar essa rede cultural pela Bahia. Nós, da Cultura, que já estamos neste caminho, recebemos a Educação com uma grande perspectiva de fortalecimento das feiras literárias que podem agregar muito ao processo de aprendizagem de estudantes na Bahia”, disse.
O diretor geral da Fundação Pedro Calmon, Zulu Araújo, ressaltou como os curadores e organizadores devem se adaptar às novas ansiedades da juventude. “Neste trabalho, temos que buscar atrair os jovens. Temos que perceber que alguns tipos de palestras podem ser entediantes, que o livro físico pode não ser o suporte ideal e entender quais as suas perspectivas. Por isso, esse trabalho é fundamental para discutirmos, também, critérios de como planejar a melhor programação”, salientou.
O organizador da Festa Literária de Canudos (FLICAN), Luís Paulo Neiva, também falou sobre este alinhamento. “Esta proposta é fundamental para o surgimento de novas festas literárias, porque podemos trocar experiências e proporcionar uma ajuda mútua, sabendo que o financiamento é importante, mas que, de forma coletiva, podemos proporcionar a realização das feiras. Nossa primeira edição será entre 21 e 24 de novembro, e há três anos venho visitando a FLIGÊ. Por isso, acredito neste intercâmbio e diálogo”, relatou.
Sobre a FLIGÊ – A FLIGÊ é realizada em parceria entre o Instituto Incluso, o Coletivo Lavra e o Governo do Estado da Bahia, por meio de diversas secretarias, como as da Cultura e Educação, e com o patrocínio do Governo Federal. A FLIGÊ conta, na sua programação, com uma série de atividades voltadas para os estudantes da rede estadual de ensino, como oficinais e workshops, com destaque para o protagonismo estudantil nas diversas áreas do conhecimento. Na oportunidade, os alunos também apresentam produções artísticas de sua autoria, criadas nos projetos estruturantes de cultura nas escolas, envolvendo música, teatro e poesia. Ainda nesta sexta-feira, o secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, visitou exposições estudantis e também o Colégio Estadual Horácio de Matos, onde dialogou com a comunidade escolar.