Miliciano morto na Bahia: exame em Adriano da Nóbrega não constata sinais de tortura, diz perito

Foto: Fernando Frazão | Agência Brasil

O novo exame do ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega, realizado nesta quinta-feira (20), no Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro, não apontou sinais evidentes de tortura. A informação foi divulgada pelo médico legista Talvane de Moraes, que acompanhou a necrópsia como convidado de dois legistas contratados pela família de Adriano: Francisco Moraes Silva e Ari Fontana, que vieram do Paraná. “Não [há sinais de tortura]. Que eu tivesse [visto], não”, disse o perito. Ele destacou, porém, que os resultados finais vão depender de exames complementares. “Eu não observei isto. Eu fiquei fora, não trabalhei com o corpo, fiquei só observando. A perícia do corpo terminou, mas agora vem o resultado do laboratório para complementar”, acrescentou.

O procedimento começou às 16h30 e se estendeu até as 21h. O novo exame foi determinado pelo juiz da comarca de Esplanada (BA), Augusto Yuzo Jouti, que atendeu a pedidos do Ministério Público (MP) da Bahia e da defesa do ex-policial, morto no dia 9 de fevereiro durante confronto com policiais baianos. O laudo do novo exame deve ser apresentado à Justiça baiana em 15 dias.

Além dos peritos do IML do Rio e dos convidados, estiveram presentes duas advogadas da família, uma irmã de Adriano e um representante do MP da Bahia. Ao final do procedimento, com exceção do perito, os demais saíram por uma porta lateral, sem falar com a imprensa.


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