Palácio do Planalto: Bolsonaro inclui academias, salões e barbearias em serviços essenciais durante Pandemia

Foto: Reprodução

O presidente da Repúbica Federativa do Brasil Jair Messias Bolsonaro disse nesta segunda-feira (11) que incluiu entre os serviços considerados essenciais durante a pandemia do novo coronavírus as academias esportivas, salões de beleza e barbearias. De acordo com a Folha de S.Paulo, a declaração foi dada pelo presidente no fim da tarde, ao chegar ao Palácio do Alvorada. ​Bolsonaro afirmou que as definições devem constar em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). O presidente afirmou que já tem outras atividades em mente para listar como serviços essenciais, mas vai aguardar um pouco mais para anunciá-las. “Essas três categorias ajudam mais de um milhão de empregos”, disse Bolsonaro.​ Vale lembrar que, mesmo com os decretos do presidente, o STF (Supremo Tribunal Federal) já deixou claro a autonomia dos entes da Federação para fixar os serviços aptos a seguirem em funcionamento. Ou seja, estados e municípios têm competência concorrente para definir estratégias de saúde pública e regulamentar a quarentena, segundo decisão do STF.

Sendo assim, a ação do presidente acaba funcionando como uma espécie de pressão política para forçar o afrouxamento do isolamento social, mas gestores locais não precisam respeitar a decisão de Bolsonaro. Pela decisão do STF, prefeitos e governadores conhecem melhor a realidade local e a palavra deles prevalece em relação à do governo federal na permissão para determinados serviços voltarem a funcionar.

O que Bolsonaro já definiu como atividades essenciais?
Em 20 de março, o governo listou como essenciais inúmeros serviços relacionadas à saúde e outros que visavam manter o abastecimento de alimentos e remédios no país, como logística e transportes. Na ocasião, gerou polêmica a inclusão de templos religiosos e lotéricas no decreto. Depois, em 29 de abril, acrescentou ao rol de atividades aptas a funcionar o atendimento bancário e startups. Na semana passada, em novo despacho, incluiu indústrias e serviços de construção. No domingo (10), afirmou que irá ampliar a lista. Nesta segunda-feira (11), Bolsonaro anunciou que vai incluir na lista academias, salões de beleza e barbearias.

Estados e municípios são obrigados a seguir o decreto do Executivo federal?
Não. O STF definiu que prefeitos e governadores têm autonomia para regulamentar a quarentena e, consequentemente, definir os serviços que podem funcionar no período de calamidade. Segundo o Supremo, os gestores locais conhecem melhor sua região e têm autonomia para definir o que funciona no local.


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