Palácio do Planalto: ministro da Saúde soube pela imprensa, na coletiva, que Bolsonaro abriu academias e salões

Foto: Júlio Nascimento | PR

O ministro da Saúde, Nelson Luiz Sperle Teich, ficou sabendo através da imprensa que o presidente da República Federativa do Brasil Jair Messias Bolsonaro havia autorizado a reabertura de academias esportivas, barbearias e salões de beleza sob o pretexto de serem atividades essenciais para a saúde da população. Durante coletiva realizada na noite desta segunda-feira (11), no Palácio do Planalto, demonstrando estar confuso ao ser informado, o médico, com um olhar perdido, justificou que não é atribuição do Ministério da Saúde decidir sobre esses atos.  Ao ser perguntado por um jornalista sobre a decisão do presidente, Teich indagou se “isso aí saiu hoje?” e após ser informado que o mandatário havia acabado de comunicar o fato, olhou para o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Eduardo Pazuello, que fez sinal de que também não estava sabendo do decreto.

O ministro confirmou que o decreto não passou pela validação do MS e tentou justificar afirmando que “não é atribuição nossa”.  Bolsonaro informou que havia incluiu entre os serviços considerados essenciais durante a Pandemia da COVID-19 três novas categorias de profissionais. “Coloquei hoje, porque saúde é vida: academias, salão de beleza e cabeleireiro, também. Higiene é vida. Só três [foram definidas] hoje”, disse. Mesmo com a autorização presidencial, o STF (Supremo Tribunal Federal) já decidiu que é de responsabilidade dos estados e municípios determinarem o que abre e fecha em suas regiões. Dessa forma, esses serviços deverão permanecer fechados até que haja a autorização dos governos locais. Informações do Jornal do Comércio.


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