O deputado estadual Tiago Correia (PSDB) pediu ao governador Rui Costa que autorize a realização de vaquejadas sem a presença de público na Bahia. Em indicação protocolada na semana passada, o parlamentar solicita que o governador publique um decreto permitindo a realização deste esporte, sem afetar as medidas de enfrentamento à pandemia no novo coronavírus, mantendo todos os protocolos de higiene e proteção pessoal, com uso de máscaras e álcool em gel e mantendo o distanciamento. Correia argumenta que a pandemia tem provocado enormes prejuízos a diversos setores econômicos. Dentro do setor agropecuário, a vaquejada vem sofrendo de maneira significativa devido ao cancelamento dos eventos. Na Bahia, são realizados anualmente cerca de 200 vaquejadas por ano, em média quatro por final de semana, movimentando milhões de reais e gerando mais de 50 mil empregos diretos.
“Esses empregos dependem da realização dos eventos esportivos, pois envolvem organizadores, tratadores, vaqueiros, veterinários, motoristas, ajudantes de curral, casqueadores, comerciantes, vendedores de ração, entre outros diretamente ligados aos eventos, sem contar os milhares de empregos indiretos gerados pelo negócio”, afirma.
O deputado diz que as pessoas que dependem deste esporte estão enfrentando sérias dificuldades financeiras. “Vale destacar que, neste esporte, os competidores competem montados em cavalos e não se tocam, inclusive mantendo uma distância mínima. O locutor e o juiz ficam instalados em cabines isoladas, uma no início e outra no fim da pista, não tendo qualquer possibilidade de contato com outras pessoas. As inscrições são realizadas por celular e em alguns casos por aplicativos através da internet”, frisa.
A vaquejada é uma prática esportiva/ atividade cultural oriunda do Nordeste brasileiro e foi reconhecida como patrimônio imaterial do Brasil através da Lei Federal 13.364/16 e regulamentada pela Lei federal 13.873/19.