Boletim do Coronavírus: CMS classifica como “crime” a ocultação de dados da COVID-19 em Vitória da Conquista

Fotos: BLOG DO ANDERSON

Assim como tem acontecido no Ministério da Saúde também tem se repetido na Prefeitura de Vitória da Conquista com a ocultação de dados no Boletim do Coronavírus. E o assunto foi pautado na última reunião do Conselho Municipal de Saúde, momento em que o BLOG DO ANDERSON foi convidado e pode acompanhar as explanações de conselheiros e membros da Secretaria Municipal de Saúde. Para o conselheiro Ricardo Alves, a falta dos dados foi recebida com espanto. “Vocês suprimiram a informação mais importante que é o número de pacientes que aguardam coleta e resultados para dizer no Boletim o número de pacientes de fora e que estão em Conquista ocupando leitos, para dizer que a situação em Vitória da Conquista é confortável, mas se nós não investigarmos isso, não buscarmos resolver essa questão da coleta no tempo certo e dos resultados, todos esses números estão comprometidos. Eu contesto isso”, disparou. Logo depois a presidente do CMS, Lúcia Maria de Souza Dantas Dória, aprovou a forma da apresentação, mas também criticou a ocultação de números.

“Informação precisa bater com realidade. Estatística tem que estar bem ligada aos eventos. Fico triste, sabe, achei a apresentação de vocês muito bem feitas, fico triste quando uma cidade como a nossa se opõe a uma informação da OMS. Em saúde nós sabemos que nem sempre dois e dois são quatro. A medicação que cura A nem sempre cura B”, discursou. Ainda consoante a Lúcia Dória, “a população precisa, eu não posso aceitar, nós não podemos aceitar que a população não tenha conhecimento daquilo que está realmente acontecendo. Os boletins foram reformulados de forma que não sabemos quantas pessoas estão aguardando resultados, quantas estão aguardando coleta. Isso foi um crime ter sido retirado”. Em entrevista à Rádio Clube de Conquista na última quinta-feira (11) o prefeito Herzem Gusmão Pereira revelou outros números da Pandemia da COVID-19 bem difernte do que retrata a Secretaria Municipal de Sáude. Para Gusmão, Vitória da Conquista já teria alcançado 800 ocorrências, 500 a menos do que foram divulgadas naquele dia.


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