André Ferraro | Publicitário
Enfim chegamos na eleição, e mais uma vez repito a mesma avaliação do ano passado: o favoritismo está com o prefeito Herzem Gusmão, com um governo que cresceu na opinião pública, com entregas de obras, e uma boa comunicação que mostrou uma cidade arrumada. Seu maior adversário é da natureza da política: achar que está melhor do que está. Nada que o simples exercício da humildade não resolva. Do ano passado pra cá o quadrou mudou, mas favoravelmente ao prefeito. Seu desempenho na saúde, melhorou com a crise do Covid-19, com os recursos federais garantidos pelo Deputado Elmar Nascimento. E as fontes externas de financiamento ajudaram a alavancar importantes investimentos, rompendo com a bolha controladora que travou os dois primeiros anos de gestão, e resultou em um desemprenho político sofrível nas últimas eleições. Foi um sinal de alerta que serviu para uma mudança de rumos, focada nas realizações. Leia a íntegra.
Assim diminuem as chances do retorno do PT à prefeitura de Vitória da Conquista, e consolida a liderança de Herzem, já apresentada ao longo do ano passado. Preso ao passado positivo, o PT de Conquista esqueceu do futuro, e de atualizar o discurso do presente. Parece não ter mais a capacidade de se aproximar dos sonhos e esperanças reais e atuais da gente de Conquista. Perderam a unidade em torno do partido, e se deixaram levar por objetivos pessoais, ao por no banco de reservas seu maior jogador: Guilherme Menezes. É como se Tite não convocasse Neymar. Não daria pra entender.
A legislação eleitoral ampliou os espaços e possibilidades de pré-campanha que foram desprezados pelo PT, e devidamente ocupados e utilizados pela comunicação da prefeitura. E a previsão se concretizou: a tendência hoje é de crescimento do prefeito e queda do PT. E nessa altura, tendência é tudo.
O caldo eleitoral favorável a Herzem se adensa com a melhora substancial da avaliação do seu governo e queda de rejeição. Está feita a tempestade perfeita para o PT, que ao ver o risco, buscou se reagrupar preferencialmente a própria esquerda. O certo é que o PT se distanciou da classe média urbana e produtores rurais e apostou na radicalização com a simbologia de uma vice-prefeitura para o PC do B, longe de um realinhamento da cidade com a modernização administrativa e desenvolvimento econômico, que caracterizou as duas décadas da liderança de Guilherme Menezes em Vitória da Conquista.
Isso potencializou o natural crescimento do prefeito pelas entregas de final de mandato, que reconquistou parte da sua base de apoio e do seu eleitorado, consolidando a liderança, que junto com sua própria capacidade de convencimento e talento comunicacional, o levam ao favoritismo. De fato, comparado aos 20 anos do PT, Herzem ainda tem a seu favor o fato de que quatro anos é pouco, e que por isso merece continuar numa prefeitura que não é desastrosa para a maioria como previa o PT, muito pelo contrário. Tem um legado de realizações, reconhecido pela cidade.
A estratégia de Herzem parece não ser complicada. E passa por agregar eleitores se colocando como merecedor de uma continuidade sem retrocessos, como uma alternativa que materializa as mudanças que estão acontecendo. Que não há motivos para essas mudanças serem interrompidas, apresentando também projetos futuros que estão em andamento, e que mudam a cara da cidade, como o Parque projetado pelo arquiteto Jaime Lerner. A indicação de Sheyla Lemos para vice também representa essa mudança, agregando a renovação. Um sopro de ar na política machista. Uma mulher jovem, moderna, com essa cara de futuro. Foi um golaço.
O PT, para sorte de Herzem, não aceitou a derrota de 2016, que já se avizinhava desde 2012, salvo pelo talento de Guilherme, e se consolidou com o desempenho de HG eleito deputado legitimamente. Não entenderam que a derrota foi muito além do desgate do exercício do poder, mas uma aposta que a cidade resolveu dar ao seu desejo de algo novo. E não deu errado, e está dando certo
E isso não aconteceu apenas pelo quadro de desgate nacional do PT provocado pelo impeachment e lava-jato, como avaliam, mas também por conta de um discurso do próprio PT, preso ao passado, sem inovações para o futuro. Um erro que se repete agora. Um espaço precioso para Herzem Gusmão ocupar. O Herzem sonhador e conectado com o futuro, que muita gente conhece e acredita, precisa se revelar no candidato para garantir sua reeleição.
André Maurício Rebouças Ferraro é publicitário e foi secretário de Comunicação do Município de Vitória da Conquista
5 Respostas para “A visão política de André Ferraro | um outro novo olhar sobre as eleições em Vitória da Conquista”
Marilu Andrade
Herzem Gusmão foi desastre para a educação e para a saúde de Vitória da Conquista. A nossa população tem sofrido na pele o que é uma gestão mentirosa, autoritária e despreparada para gerir uma cidade como Vitória da Conquista.
Carlos Costa
Esse artigo não retrata o que presenciamos por todo o município. Conquista está abandonada, com os seus cofres sendo assaltados e um prefeito perdulário e que ainda não saiu do palanque.
O jornalista André Ferraro sinaliza, com esse texto, o desejo de retornar à Secom depois da exoneração de Maria Marques. Só isso!
Eduardo Moraes
Um texto pobre tendencioso. Desprovido de qualquer análise real e amparo em pesquisa ou dados estatísticos que confirmem essa tendência. Uma declaração de amor!
Já li coisas melhores escritas por Ferraro.
O jogo só encerra após o ultimo voto do eleitor, no primeiro e segundo turno.
Eduardo
Uma analise lucida e clara do momento atual e é claro que como as cúpula petista não consegue enxergar o obvio os militantes não iriam ter reação diferente.
As melhorias na infraestrutura da cidade são visíveis e marcantes, Herzem encarou e realizou mudanças necessárias e urgentes para a cidade e temos como exemplo o fim do ciclo nas escolas publicas, instituído no governo de Zé Raimundo e que tinha como secretária a esposa de Waldenor, que amontoava crianças com diferentes estágios de aprendizado levando em conta apenas a idade, o resultado foi catastrófico e condenou o município aos piores índices do estado e do Brasil, sem falar do rodizio de alunos por falta de lugar para sentar.
Pela primeira vez na historia o município consegue bater o IDEB e isso é reflexo das ações do governo Herzem.
As eleições vão refletir essa melhora observada em toda a cidade e fora dela também e vai sacramentar com a eleição de Herzem ainda em primeiro turno a ida definitiva da “esquerda” da cidade ao ostracismo.
Os pés do Cristo de Mário Cravo
Foi sugerido ao prefeito Herzem Gusmão Pereira a construção de um réplica da famosa escultura do Caboclo, aquela do Monumento ao Dois de Julho no Largo do Campo Grande.
A réplica seria construída na praça Tancredo Neves com intuito de proporcionar maior conforto aos descontentes, que não precisariam mais subir a serra do Periperi a fim de chorarem aos pés do Cristo de Mário Cravo.
Uma ótima iniciativa para para nossa cidade, contemplando os anseios da oposição que poderia instituir o dia do choro livre.