Operação Contrassenha | ação da PF contra fraudes no INSS cumpre mandado de afastamento de servidor em Salvador

Foto: Divulgação | PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação contra fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na manhã desta quarta-feira (23), em Salvador. Um mandado de afastamento contra um servidor está sendo cumprido na Capital Baiana. Além disso, a Justiça também determinou o bloqueio e sequestro de bens e valores do servidor e de outros investigados. Seis mandados de busca e apreensão também estão sendo cumpridos, cinco deles em Salvador e outro em Catu, cidade que fica na Região Metropolitana de Salvador. Os mandados de busca da operação, denominada Contrassenha, foram cumpridos em um edifício empresarial na Avenida Luís Viana Filho, também conhecida como Avenida Paralela, além de um escritório de contabilidade no bairro do Dois de Julho e em um condomínio em Jaguaribe. Veja a reportagem que foi destaque no G1 Bahia.

A PF estima que o prejuízo das fraudes aos cofres púbicos é de mais de R$ 7,5 milhões, relativos a 75 benefícios fraudados. Segundo a PF, esse servidor agia na agência das Mercês, que fica na Avenida Sete de Setembro. Ele fraudava processos de aposentadoria desde 2017.

As investigações apontaram indícios de que ele aproveitava a fragilidade do sistema de cálculo de contribuições individuais, para lançar valores bem abaixo do efetivamente devido, o que permitia o pagamento de quantias irrisórias para o cálculo de tempo de contribuição. O suspeito também alterava ou incluía vínculos empregatícios fictícios com a mesma finalidade. Ainda com base na investigação, a PF aponta que o servidor do INSS tinha o auxílio de terceiros na captação de clientes para as fraudes. Para adulterar o processo, ele recebia valores pagos pelos beneficiários do esquema, por meio de transferências e depósitos em contas bancárias gerenciadas por ele.

A Polícia Federal detalhou que a movimentação bancária do investigado indica que ele recebeu transferências e depósitos, com um valor de mais de R$ 1,5 milhão, desde 2017. Ainda segundo a PF, o número de benefícios fraudados pode aumentar com o avanço das investigações.


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