Dr Felipe Magalhães, Médico
De tempos em tempos o mundo é atingido por surtos de doenças que trazem sofrimento, morte, estagnação econômica; perdas de todas as formas. Há mais de 200 anos, quando a varíola era um problema de saúde pública cinco vezes mais letal que a Covid, a observação e experiências de um médico inglês iniciou a ciência da imunologia. E desde então milhões de vidas foram poupadas. No início desse ano a humanidade passou a conviver com uma pandemia viral devastadora para a qual não temos resistência biológica, e descobrimos atônitos termos uma fragilidade mental e social para lidar com esse tipo de crise. Estamos todos cansados e com medo, e pelo que parece ainda serão muitos meses até que retornemos nossas vidas. Leia a íntegra.
E o que fazer? Não podemos simplesmente fingir que a pandemia acabou! Estamos vivendo uma segunda e agressiva onda; as enfermarias e UTIs voltaram a encher. Centenas de famílias ficam incompletas a cada dia.
As vacinas virão, mas, não tão rápido. O desenvolvimento, produção e distribuição de uma nova vacina demora, e a produção não alcançará a demanda em muitos meses ou até mesmo anos. Por isso é necessária a estratégia de se vacinar os mais suscetíveis e os que estão na linha de frente. Mas, a vacina não é a bala de prata. (muito embora eu esteja já aqui com meu braço esticado, esperançoso por recebê-la o quanto antes.)
O que temos de fato nesse momento são as medidas preventivas e cuidados sanitários. A vacina depende de inúmeras variáveis; seguir os cuidados só depende de cada um de nós. Não é difícil manter o distanciamento social, usar a máscara e lavar as mãos. Pode ser cansativo, mas não é difícil. Precisamos ser um pouco mais empáticos; pensarmos nos nossos pais e avós, nas pessoas com doenças crônicas, nos imunocomprometidos. Os jovens não irão morrer se não forem para as festas, mas, essas pessoas podem morrer se eles forem.
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Dr. Francisco Felipe Magalhaes Silva