O médico francês Didier Raoult, um dos principais defensores da Hidroxicloroquina para o tratamento da COVID-19, mudou de posição e admitiu pela primeira vez que o medicamento não reduz a mortalidade da doença. As informações foram publicadas no site do Centro Nacional de Informações sobre Biotecnologia, da França, e divulgadas pelo jornal Le Figaro, nesta segunda-feira (18). “As necessidades de oxigenoterapia, a transferência para UTI e o óbito não diferiram significativamente entre os pacientes que receberam hidroxicloroquina com ou sem azitromicina e os controles feitos apenas com tratamento padrão”, disse Raoult. Apesar de mudar de posição, o médico disse que, no entanto, o tempo de internação dos pacientes tratados com hidroxicloroquina foi menor. O presidente da República Brasileira Jair Messias Bolsonaro é um grande defensor do uso do medicamento e incentiva o uso no tratamento contra a COVID-19. Raoult divulgou em março do ano passado um estudo que comprovava a eficácia hidroxicloroquina no tratamento do novo coronavírus, mas foi criticado pela Organização Mundial da Saúde e virou alvo de investigação do Conselho Nacional da Ordem dos Médicos, da França.
Boletim do Coronavírus | médico defensor da Cloroquina admite que medicamento não reduz mortalidade
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