As córneas e os rins do menino que faleceu ao engasgar com a peça de um brinquedo, uma ventosa, parte de uma flecha, já foram captados. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (29) pela assessoria de comunicação da Santa Casa, onde Luiz Otávio Aquino Madureira ficou internado no CTI por 12 dias. O procedimento também foi realizado no hospital. Em um vídeo postado em uma rede social, o pai do garoto, Charles Madureira, agradeceu pelas orações feitas para o filho e comunicou que a família autorizou que a doação de órgãos fosse feita. Lorena Rebello Petrini Carvalho, médica coordenadora da Organização para Procura de Órgãos (OPO), define a doação de órgãos e tecidos como “um ato de amor que pode salvar muitas vidas”. Informações do G1 Grande Minas.
“Este processo passa por várias etapas, desde a detecção do potencial doador nos hospitais e serviços de saúde, realização de exames e avaliações confirmatórias da morte encefálica, autorização da família, distribuição dos órgãos até a cirurgia do transplante no receptor”, explica a médica. Em Minas Gerais, o Sistema Estadual de Transplantes é composto pela Central Estadual de Transplantes (CET) e pelas Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), além de atuar em conjunto com Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTTs).
Para que os procedimentos sejam realizados, há uma lista única de pacientes sob responsabilidade do MG Transplantes, que existe desde 1992. Alguns critérios, como urgência, idade, tempo de espera, compatibilidades genética e de sangue, são observados para que os transplantes ocorram.
“É no momento de muita dor, de angústia, de perda de um ente querido, que os familiares são abordados sobre a oportunidade de se doarem os órgãos. É nesta mais profunda dor, que os familiares podem ajudar outros pacientes, que também sofrem em uma fila, à espera por um órgão, por uma nova vida”, destaca Lorena Rebello Petrini Carvalho.