O vereador e jurista Edvaldo Pereira de Brito relembrou algumas decisões do médico, político e administrador Roberto Figueira Santos que muito contribuíram para a Bahia: “Até meados da década de 1970, os terreiros de Candomblé tinham de pedir permissão para realizar seus cultos. Pagavam uma taxa de licença na Delegacia de Jogos e Costumes, a que cuidava da marginalidade, e tinham autorização para bater os atabaques. Além disso, quando a polícia fazia incursões nos terreiros, muitos objetos sagrados da religião eram apreendidos e expostos no Museu do Instituto Nina Rodrigues, como se fossem objetos de marginais. Pois foi o doutor Roberto quem acabou com isso, garantindo o culto aos orixás sem necessidade de qualquer autorização ou pagamento de taxas. Na UFBA, quando eu era procurador geral e ele reitor, a União multava a reitoria pelo atraso do pagamento das contribuições sociais. Ora, mas era o próprio governo federal quem atrasava o repasse dos recursos. Dr. Roberto questionou essa situação e ganhamos a causa na Justiça. O mesmo aconteceu quando o Restaurante Universitário precisou ser equipado com os bandejões. Roberto Santos alegou que a UFBA não deveria pagar IPI sobre o equipamento, já que era do governo federal. E assim foi, mais uma vitória. Um homem público honrado, honesto, que muito fez pelo nosso estado”. Ex-governador da Bahia, Roberto Figueira Santos, morreu nesta terça-feira (9), aos 94 anos.
Memória Baiana | Edvaldo Brito relembra fatos marcantes de Roberto Santos falecido aos 94 anos
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