Assim como Itabuna tem acolhido, Vitória da Conquista também recebe pacientes vindos do Sul e de outras regiões da Bahia, no entanto esse é um assunto ainda repudiado pelo Comitê Gestor de Crise da COVID-19. Em entrevista à Rádio Clube de Conquista que o BLOG DO ANDERSON reproduz neste sábado (20), o secretário municipal de Administração, Kairan Rocha Figueiredo, falou sobre os motivos do Município de Vitória da Conquista ter aderido ao Decreto Estadual com o Toque de Recolher [“Toque de Recolher” ou “Recolher Obrigatório” se aplica à proibição, decretada por um Governo ou Autoridade, de que pessoas permaneçam nas ruas após uma determinada hora], mas deixou aviso: “foi decido pela Prefeitura acolher esse Decreto Estadual, que instituiu o Toque de Recolher iniciado amanhã sexta-feira até a próxima semana, no intuito por entender que é um momento de preocupação e talvez de descontrole do Estado da Bahia. A gente visualizou e analisando os dados a gente tem uma ocupação de 100% principalmente nos grandes hospitais do Sul e Extremo Sul do Estado, o que poderia causar, o que pode inclusive causar, uma transferência de pacientes para os leitos de Vitória da Conquista que hoje não estão em sua ocupação máxima. Então diante disso decidimos aderir a esse Decreto Estadual, obviamente o nosso setor de bioestatística que vem acompanhando os números e isso foi colocado muito claramente ontem aos representantes principalmente dos bares e restaurantes que serão mais diretamente atingidos por esse Decreto, o nosso Núcleo de Bioestatística vai analisar para entender também qual a efetividade desse Toque de Recolher implementado pelo Governo do Estado.
Então, nós iremos analisar esses dados a cada três dias durante essa semana na expectativa de que a gente possa conseguir entender a efetividade disso daí”. Sobre uma possível prorrogação após o dia 25 de fevereiro, Kairan Rocha Figueiredo, possivelmente com autorização da prefeita em exercício Ana Sheila Lemos Andrade, lembrou-se em um confronto jurídico exitoso contra o Governo do Estado da Bahia, mas somente após a analise que será feita a cada três dias até a quinta-feira (25).
“Nós aqui em Vitória da Conquista e acho que isso trouxe segurança jurídica a todas as nossas decisões, inclusive quando as nossas decisões foram de encontro ao entendimento do próprio Ministério Público e até mesmo do Governo do Estado nós estávamos sempre baseados nos dados científicos e na estatística da evolução e do controle da Pandemia no nosso Município, como nós garantimos ontem a todos os representantes em reunião que já está acordado com o Núcleo de Saúde, nós iremos fazer o acompanhamento desses setes dias para entender o que isso trouxe efetivamente de controle para a Pandemia no nosso Município. Obviamente se no final desses sete dias após a gente verificar os números e entender se for o caso de entender que não houve nenhum resultado que demonstre um controle aí a Prefeitura vai sentar junto com a prefeita em exercício, a Secretaria de Saúde para que a gente possa inclusive questionar a Secretaria de Saúde do Estado sobre a efetividade dessa medida. Porque não é só por prejudicar ou não o setor econômico, mas é pensando também na efetividade da medida”, afirmou. “Se isso não acontecer com o Toque de Recolher a gente, talvez, precisa rever qual à medida que deva ser tomada, porque essa realmente pode ser que não tenha efetividade que é esperada”, complementa na reportagem que o BLOG DO ANDERSON gravou e traz na íntegra. Advogado, Kairan Rocha Figueiredo é do Sul da Bahia e considerado como a principal potência do Governo Municipal na ausência do prefeito licenciado Herzem Gusmão Pereira que está em São Paulo lutando contra a COVID-19.