Neste fim de semana aumentou a pressão para que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello deixe o cargo. No sábado (13), ele participou de uma reunião com o presidente da República Brasileira Jair Messias Bolsonaro e outros ministros. A reunião não constava na agenda oficial do presidente. Aconteceu no Hotel de Trânsito do Exército, onde o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, mora. A conversa durou cerca de uma hora. Os ministros da Defesa, Fernando Azevedo, da Casa Civil, Braga Netto, e da Secretaria de Governo, Eduardo Ramos, também participaram. A especulação no início do dia era a que o ministro sairia alegando problemas de saúde. Pazuello teve COVID-19 no fim de outubro. A pressão pela saída de Pazuello se intensificou na semana em que as mortes bateram novo recorde. Na quarta-feira (10), o ministro chegou a negar que o sistema de saúde no Brasil tenha entrado em colapso e foi desmentido por governadores e médicos. >>>> Jair Bolsonaro vem sendo pressionado por políticos do Centrão descontes com a gestão do combate à Pandemia do Coronavírus. O presidente ouviu que a melhor tática seria substituir o mais rápido possível o ministro da Saúde. Bolsonaro consultou assessores militares e concluiu que a exoneração de Pazuello tem apoio. A cardiologista Ludhmila Hajjar é a principal cotada para substituir Pazuello. A secretaria de comunicação do governo confirmou que o presidente se reuniu, no Palácio da Alvorada, com Ludhmila Hajjar – Pazuello também estava na reunião. A Secom, no entanto, não fez qualquer referência da saída de Pazuello ou a convites feitos à Ludhmila.
Outro nome cotado é o do médico Marcelo Quiroga. Ele já foi indicado para a presidência da Agência Nacional de Saúde Suplementar e aguarda a sabatina pelo Senado. Queiroga negou que tenha recebido o convite.
A assessoria divulgou uma declaração do ministro da Saúde em que ele afirma que continua à frente da pasta. Eduardo Pazuello disse: “Não estou doente, o presidente não pediu meu cargo, mas o entregarei assim que o presidente pedir. Sigo como ministro da Saúde no combate ao coronavírus e salvando mais vidas”.