Latino-americana, brasileira, baiana, nascida em Vitória da Conquista e renascida em Jequié, Ana Barroso lança sua arte ao mundo. Amparado pela música brasileira com um elo entre o original e a tradição, o seu álbum autoral “Cisco no Olho” já está em todas as plataformas digitais. Em suas referências, Ana passeia desde as cantoras do rádio até o cancioneiro popular de sua região. “Cisco no Olho” às vezes revela uma desculpa para disfarçar um choro, uma emoção, um arrebatamento. Ana parte desse esconderijo para, com sua música, sugerir uma busca pela liberdade. “Quero dizer pra gente tirar o cisco e chorar. O choro alivia, reorganiza. É preciso ganhar algum tipo de impulso para recomeçar todos os dias”, explica.
O impulso que a artista sugere aparece no disco em forma de canções que tanto falam de amor, quanto de política, e apresentam uma sonoridade diversa, melancólica e dançante, regional e universal. “Todas as canções do disco, mesmo as mais divertidas, tratam sobre algum tipo de cisco. Aquele incômodo insistente, como são os desamores ou esse desgoverno…”, pontua. Para contar essa história, Ana teve a ajuda do produtor musical Sebastian Notini (Seba), que já a acompanhava em apresentações. “Ele já tocava comigo as músicas mais rítmicas, que acessam a cultura de longa tradição nordestina, mas quando ouviu ‘Gotejo’ e ‘Inclusive eu’ (presentes no álbum) abriu um novo olhar. >>>>>
No final decidimos por aquelas que me apresentam de maneira mais abrangente, sem receio de ter que unificar um estilo. Também existiu uma atenção específica às letras das músicas, à dramaturgia do disco”, conta. Quem assume os arranjos do disco é Felipe Guedes, que segundo a cantora e compositora, foi o responsável por decifrar o formato sonoro do trabalho, que ainda conta com o violão de Babuca, a flauta de Leandro Tigrão, e o clarone e clarinete de Joana Queiroz. “É um disco que me aproxima de quem ouve e tem a beleza de músicos incríveis tocando. Poderia ter sido gravado em qualquer época porque só utiliza recursos acústicos”, completa. “Cisco no Olho” integra o projeto “Repentina” e conta com nove canções autorais, são elas: Nowhere Woman, Cisco no Olho, Gotejo, Serenata para meu passarim, Inclusive Eu, Cacto, Vai rodar, Capitá e Cuidar do Olhar.
O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.
Ficha Técnica
Produção Musical: Sebastian Notini
Direção Artística: Ana Barroso
Gravação: Sebastian Notini
Mixagem: Sebastian Notini
Masterização: Claes Persson (CRP Master. Estocolmo – Suécia)
Design de Conteúdo: Natália Arjones
Imagens: Taylla de Paula
Maquiagem: Nayara Homem
Figurino: Yambo, Saint Barth e Poppy Bazaar
Produção Executiva: André Oliveira
Realização: Ninho Cultura e Afeto