Os moradores do Povoado de Melancia de Barra do Mendes relembraram crimes onde eles identificam Lázaro Barbosa, de 32 anos, como autor. Lázaro nasceu na Zona Rural de Barra do Mendes e é suspeito de mortes em série na Bahia, Goiás e Distrito Federal. Ele é procurado por mais de 200 agentes das Polícias Militar, Civil e Federal e os primeiros crimes teriam sido cometidos há 13 anos, no distrito de Melancia. O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) disse que um dos crimes foi denunciado ao órgão em 2008 e uma ação penal já transita na Justiça. O G1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA), que enviou a denúncia feita pelo MP e a decisão proferida no 1º grau em face da parte ré Lázaro Barbosa de Sousa.
O TJ também informou que a secretaria não tem autorização para fornecer detalhes do andamento processual de processos desta ordem, mais ainda no presente caso, uma vez que, pelo Sistema PJE, foi verificado que o caso está em sigilo. Segundo vizinhos da família de Lázaro Barbosa, o primeiro crime que teria sido cometido por ele ocorreu em novembro de 2008, quando Lázaro atirou em um homem que tentou evitar que ele cometesse um estupro. A vítima foi atingida no peito. O lavrador José Carlos, conhecido como Carlito, escutou gritos de uma vizinha. E, chegando ao imóvel, tentou questionar o homem motivo da violência.
De acordo com o irmão da vítima, Pedro Oliveira, Lázaro estava armado e atirou contra o vizinho.
“Ele [Lázaro] estava com uma espingarda na mão, só fez encostar a arma no peito dele [de Carlito] e disparou à queima-roupa. No momento que eu saí para chamar meu irmão e avisar a mãe, eu escutei o tiro. Era bem próximo. Saí correndo e ele tinha fugido. Só fiz pegar ele [Carlito], botar no carro e levei para o hospital, mas chegou lá quase sem vida”, disse o agricultor. A vizinha Adriana, que sofreu a tentativa de estupro, está traumatizada com o caso desde que foi violentada.
O pai da mulher, José Sales, disse que ela fica apreensiva com a possibilidade de Lázaro retornar à Bahia.
“Ela me perguntou: Meu pai, será que esse homem ainda vai vir aqui pra Bahia? Eu estou aqui assombrada”, diz José sobre a preocupação da filha.