Destaque Nacional | de Vitória da Conquista, Zupa faz sucesso com o Consulado da Bahia em São Paulo

Fotos: Mathilde Missioneiro | Folhapress

Tem empreendedores de Vitória da Conquista em todo canto, como é o caso de Zupa Silva Neto, de 64 anos. Uma reportagem da Folha de São Paulo falou sobre o São João comemorado na última quinta-feira (24). E nessa matéria, Zupa foi o protagonista com o seu Consulado da Bahia, que fica em Pinheiros, Zona Oeste Paulistana.

O dia de São João é comemorado nesta quinta-feira (24) e, pelo segundo ano consecutivo, as tradicionais festas de São João que são parte da cultura do Nordeste estão canceladas. Os festejos juninos, no entanto, foram substituídos por eventos virtuais e nordestinos que vivem na capital paulista acompanham lives no YouTube para manter viva a comemoração. O São João do Nordeste pode variar dependendo da região, mas conta com fogueiras, comidas típicas e danças. Alguns estados adotam, inclusive, feriado no dia 24. A data é amplamente celebrada em grandes festas de rua e reuniões familiares. “A principal festa do baiano e do nordestino é São João, sem dúvida alguma. É mais importante do que Natal, Ano-Novo, Carnaval… Apesar do Carnaval ser muito forte, o São João acontece em todo o Nordeste, tudo de uma vez”, relata o empresário Zupa Silva Neto, 64. Nascido em Vitória da Conquista (BA), Zupa morou por um tempo em Salvador e mudou-se para São Paulo no final dos anos 90.

Há 11 anos, abriu o restaurante Consulado da Bahia, em Pinheiros (zona oeste), especializado em comida baiana do litoral. Antes da pandemia, o restaurante contava com decorações e brindes aos clientes no mês junino. “Sempre dava um brindezinho relacionado a São João, exatamente para comemorar a data. No ano passado, não pude fazer e, neste ano, sinceramente, nem lembrei direito”, conta o empresário. Na noite desta quarta-feira (23), no entanto, a TV do restaurante conta com a transmissão ao vivo de shows do São João da Bahia pelo YouTube. “Na Bahia, comemoramos de hoje para amanhã. Sei que, em alguns lugares, as fogueiras vão estar lá. Pode não ter aglomeração, pode não ter forró, mas as fogueiras estarão lá”, diz o dono. No ano passado, Zupa tinha viagem marcada para passar o mês de junho na Bahia, mas os planos foram cancelados pela pandemia. “Hoje, vivo vendo pela televisão as festas. Outro dia vi uma live do Safadão, com a Juliette e o Alceu Valença. É muito bom, remete a gente de volta ao Nordeste”, complementa. Leia a reportagem da Folha de S. Paulo na íntegra.

 

Em São Paulo, o Centro de Tradições Nordestinas (CTN) também vai adaptar a festa junina para o formato das lives. Um evento virtual com quatro horas de atrações será veiculado na página deles no Facebook nesta sexta-feira (25), às 20h. “O CTN é um espaço único e especial. A mesma energia que senti no São João de Campina Grande, no parque do Povo, eu senti naquele lugar”, conta o paraibano Filipe Mello, 24, dono de um portal de entretenimento. Aos 6 anos, Mello veio morar na capital paulista. Com 14 anos, pôde voltar à Paraíba e conhecer a festa junina de sua terra natal, Campina Grande (PB), conhecida como o maior São João do mundo. “Eu vi a dimensão, a forma com que é valorizada a cultura lá. O cenário, a estrutura do espaço, as apresentações de quadrilha que ultrapassam tudo que imaginamos… É especial e mágico”, relata. Por dois anos, dançou nas quadrilhas juninas nordestinas e trabalhou também nos bastidores do festejo, costurando roupas juninas. Hoje, Mello trabalha em São Paulo produzindo conteúdo em seu portal sobre a cultura do Nordeste e o São João da Paraíba é um grande tópico dos vídeos em seu canal do YouTube. “Dou Graças a Deus por, em meio à pandemia, ainda ter pessoas que se dedicam a fazer o movimento não se perder, o segmento do maior São João do mundo não se apagar. Os movimentos de live tomam cada vez mais força com as redes sociais e, esse ano, teremos isso de novo”, comenta. A live de São João de Campina Grande nesta quarta-feira conta com um show da artista Elba Ramalho e com a presença da ex-BBB Juliette Freire. “A única forma que conseguimos comemorar é escutando nosso forró, nossa cultura, ouvir as músicas que fizeram e fazem história no mês de junho”, diz Mello.


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