Depois de muito esforço, finalmente Ana Marcela Cunha conseguiu a tão sonhada medalha na maratona aquática feminina. A baiana de 29 anos, que já havia falhado em outras três edições, superou as frustrações e faturou o ouro nos 10 km dos Jogos Olímpicos de Tóquio nesta terça-feira (4). Logo após a prova, ainda bastante desgastada, a soteropolitana comentou sobre a sua trajetória até atingir o objetivo inédito para o Brasil nas provas de natação olímpica feminina. Em sua fala, ela agradeceu a todos que a incentivaram e passaram forças para que ela realizasse seu sonho. “Finalmente. É um quarto ciclo olímpico, vindo de uma frustração no Rio e um amadurecimento muito grande. Acreditem nos seus sonhos. Quero muito agradecer ao meu clube, meus pais e minha namorada. Sonhava muito com uma medalha olímpica. Estou muito feliz. Quero dizer que todos os brasileiros que ganharam até agora foram um incentivo muito grande. Deixei escapar algumas vezes e hoje pude sair como campeã olímpica”, relembrou Ana Marcela.
Ela ratificou o quanto se dedicou para conseguisse a excelente performance apresentada nas águas do Odaiba Marine Park e também falou sobre a felicidade em nadar. “Eu sabia o quanto eu estava preparada. Fiz a minha prova e uma coisa que eu aprendi é ser feliz. Eu estava muito feliz fazendo o que eu amo e hoje deu sorte”, completou.
A medalha dourada é inédita para o Brasil na modalidade. Nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, Poliana Okimoto conquistou a primeira medalha brasileira da maratona aquática.
Antes da edição atual dos Jogos Olímpicos, Ana Marcela viveu um drama no Rio-2016, onde terminou em décimo lugar depois de ter seu suplemento derrubado na água. Ela debutou em Olimpíadas na edição de Pequim, em 2008, quando ficou com o 5º lugar. Em Londres-2012, a baiana não conseguiu a classificação.