Alerta no Norte de Minas Gerais | Variante Delta identificados ocorreram por transmissão comunitária

Foto: Divulgação

Os casos da variante delta identificados em Montes Claros e Unaí, Norte de Minas Gerais, ocorreram por transmissão comunitária, afirma a Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Isso indica que o coronavírus está em circulação em um determinado local, já que os infectados não têm histórico de viagem e não mantiveram contato com pessoas de outros lugares. Nesta terça-feira (17), durante coletiva de imprensa, o secretário Fábio Baccheretti admitiu pela primeira vez a ocorrência da transmissão comunitária em MG, citando casos de Unaí e Juiz de Fora. Após a confirmação, o G1 enviou email à SES, que confirmou ainda que o caso investigado em na maior cidade do Norte Mineiro também se encaixava nessa mesma situação. >>>>>>.

Conforme noticiou o G1, em 10 de agosto, o primeiro caso da delta foi confirmado em um morador de Montes Claros, com 30 anos de idade. A amostra dele foi coletada em 20 de julho. Já no dia 11 do mesmo mês, dois casos da delta foram confirmados em Unaí pelo estado. De acordo com a SES, trata-se de duas pessoas de 24 e 40 anos. As amostras delas foram coletadas em 15 de junho e 18 de julho deste ano. Baccheretti destacou que a circulação da delta em MG ocorre de forma proporcionalmente mais lenta quando comparada com outros estados. Até o momento, Minas tem 12 casos da cepa já identificados, outros oito são considerados prováveis. Entre os suspeitos, há mais um caso de Montes Claros.

“No estado de Minas, a variante delta representa 0,4% dos estudos genômicos”, explicou ao dizer que 200 amostras genéticas estão sendo analisadas aleatoriamente por semana em MG. No RJ, por exemplo, esse percentual chega a 60%, conforme o secretário.

“Dentro das testagens que a gente faz da variante delta, a gente está focando nas regiões mais próximas do Distrito Federal e do Rio de Janeiro, que são as regiões que têm mais casos da variante delta”, detalhou.
O secretário afirmou ainda que a variante mais comum em MG ainda é a Gama, antes chamada de P1. Independente da cepa, ele ressaltou que as medidas de prevenção são iguais.

“Vale ressaltar que os cuidados para evitar a contaminação são os mesmos que já temos, como distanciamento, máscara, higiene das mãos.”

Fábio Baccheretti também enfatizou a importância da vacinação para controlar a Covid-19 e evitar o surgimento de variantes.

“As vacinas, praticamente todas, já têm estudos que falam da eficácia com a delta, mas com duas doses. […] Nós temos que buscar porque garantem a segurança individual e coletiva em relação ao vírus.”

 

O que é a variante delta?

A delta, também chamada de B.1.617, foi identificada pela primeira vez na Índia em outubro de 2020. A variante está por trás de uma nova onda de infecções em Israel, Reino Unido, Estados Unidos e países asiáticos, como China e Indonésia.

Essa cepa apresenta uma modificação na proteína que fica na superfície do vírus, responsável por se conectar aos receptores das células humanas e dar início à infecção.

Apesar dos estudos apontarem que a delta é mais transmissível, ainda não é possível afirmar que sua letalidade é maior ou que provoque casos mais graves.


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