A medicina sempre foi um sonho para Samyra e Sarah Aramuni, 19 anos. As gêmeas cresceram em Teixeira de Freitas, no Sul Baiano, brincando de bonecas e a disputa era sempre para ver quem seria a médica nas brincadeiras. Agora, esse sonho está muito perto de se tornar realidade. Depois de se decepcionarem com as próprias notas no ano passado, as gêmeas, que concluiram o ensino médio há dois anos, passaram um ano inteiro estudando dez horas por dia. E o resultado foram notas muito acima das tradicionais notas de corte para medicina. As duas puderam escolher entre trinta Universidades Públicas. Na idade delas, a mãe, Flávia Aramuni, 45, também tinha o mesmo sonho. Aos dezoito anos ela conseguiu passar no vestibular para medicina, mas um outro sonho se tornou mais importante. Flávia descobriu a gravidez na mesma época que foi aprovada e priorizou os cuidados com a filha mais velha, Ayune. Não se arrependeu, mas vibrou quando as gêmeas conseguiram realizar os próprios sonhos. “Nossos pais estão muito ansiosos, mais felizes que a gente, meus irmãos já vieram aqui também, fizemos uma festinha à noite entre nós”, Samyra contou ao Estadão que todos os amigos mais próximos e familiares que acompanharam o sonho e viram de perto a rotina de estudos que elas estabeleceram vibraram com a aprovação. Depois das notas imcompatíveis com o sonho no ano anterior, as duas perceberam que não existia uma fórmula fácil para estudar o que queriam. Precisavam dedicar mais tempo aos estudos, já que o plano era ter boas notas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). As duas estudaram durante dez horas por dia, até fazer a prova. As boas notas na redação nos anos anteriores não haviam sido suficiente para a aprovação porque as duas tinham dificuldades em outras notas exigidas pelo ENEM, que possuem um peso importante para a aprovação em medicina, como matemática e ciências da natureza. Este ano, quase todas as notas das gêmeas estavam bem acima de 700 pontos, o que garantiu as vagas.
Estudantes Baianas | gêmeas conseguem nota para cursar Medicina em pelo menos 30 Universidades Públicas
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