Eleições 2022 | de Vitória da Conquista, PCB lança Sofia Manzano à Presidência da República Brasileira

Foto: Reprodução | Facebook

O Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro (PCB), reunido no último dia 13 de fevereiro, decidiu lançar a professora Sofia Padua Manzano como pré-candidata à Presidência da República Brasileira. Economista, doutora em História Econômica pela Universidade de São Paulo (USP0 e militante do PCB desde os 17 anos, Sofia Manzano é professora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), em Vitória da Conquista, e tem longa trajetória nas lutas da juventude e do movimento sindical. Membro do Comitê Central do PCB, foi presidenta da União da Juventude Comunista (UJC), participou ativamente na reconstrução revolucionária do PCB e, no movimento sindical, foi vice-presidente da ADUSB [Associação dos Docentes da UESB].  >>>>>>

A pré-candidatura da professora Sofia representa uma alternativa de esquerda para a crise brasileira e se propõe a qualificar o debate sobre uma saída popular para os graves problemas que afligem os (as) trabalhadores (as), a juventude e a população em geral. Num momento em que a maioria das forças políticas está propondo alianças com setores que não só apoiaram o golpe de 2016, mas que também são responsáveis pela tragédia que estamos vivendo, a pré-candidatura de Sofia Manzano significa um contraponto que aponta para a reconstrução do Brasil na perspectiva do poder popular, mediante um programa que busca uma transformação radical da sociedade brasileira.

Para a economista, o Brasil vive atualmente uma dramática crise econômica, social e politica, com a perspectiva de um PIB negativo este ano, com cerca de 20 milhões de desempregados, se somarmos o desemprego oficial ao desemprego oculto, 20 milhões de pessoas nas filas da fome e disputando ossos e pelancas de carne nos caminhões de lixo. Alia-se a isso, a maior queda no poder aquisitivo dos trabalhadores nos últimos 20 anos e o aumento da inflação que vem corroendo o poder de compra da população e aumentando ainda mais a fome e a miséria da população.

Numa conjuntura dessa ordem –diz a dirigente do PCB – os setores dominantes se aproveitam do caos para avançar sobre as condições de existência da classe trabalhadora, precarizar as condições de vida, avançar sobre o fundo público e saquear o Estado mediante as privatizações e contrarreformas. “Se não bastassem a miséria e a fome que se espalham pelo país, a violência e a degradação ambiental compõem o quadro de barbárie em que estamos vivendo. É ainda resultado dessa política criminosa do governo Bolsonaro a violência contra as mulheres, indígena e quilombola, LGBTs, a espoliação dos recursos naturais pela grilagem de terra e destruição ambiental, bem como o assassinato diário de crianças e jovens negros e pobres por uma política de segurança criminosa desse governo”.

Para Sofia, o governo Bolsonaro é o operador político da tragédia que o Brasil está vivendo, mas a burguesia brasileira é a principal responsável por essa crise, porque foi articuladora do golpe de 2016, apoiou a eleição de Bolsonaro e está unida na destruição dos marcos civilizatórios do país. Portanto, a população brasileira precisa, nesta eleição, de uma candidatura que apresente um programa que enfrente estruturalmente os problemas que afligem o país. A começar pela revogação das contrarreformas, do teto de gastos, da lei de responsabilidade fiscal e medidas emergenciais para resolver o problema do desemprego, da fome, da moradia, da miséria e da recuperação dos salários, mas indo além, no sentido de construir um processo de desenvolvimento em que o operador político seja o poder popular.

Para a economista, esses problemas só poderão ser resolvidos com a pressão das massas nas ruas, condição indispensável para qualquer processo de mudanças em nosso País. Sofia afirma ainda que não haverá nenhuma mudança substancial da vida dos trabalhadores, enquanto não se conseguir a difícil tarefa de reorganizar o movimento sindical e popular. A candidatura do PCB servirá também para isso: aglutinar os lutadores e lutadoras que já se cansaram dessa conjuntura dramática e organizar nosso povo para as transformações sociais. Por isso, Sofia Manzano ressalta que é fundamental o chamado às manifestações e avanço das lutas sindicais e populares para derrotar esse governo.

Sofia Manzano é formada em Ciências Econômicas pela PUC – SP, tem mestrado em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp e doutorado em História Econômica pela USP. Paulistana de 50 anos, vive na Bahia há 9, é casada e mãe. Além de sua atuação política na reconstrução revolucionária do PCB, teve importante atuação, pela UJC, na reconstrução do movimento comunista internacional após o fim da URSS. Foi candidata à vice-presidente da república, em 2014, na chapa com Mauro Iasi.

Assessoria de Comunicação do PCB


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