A Operação Reintegração de Posse que derrubou barracos e destruiu plantações no Acampamento Terra Nobre resultou em muita revolta. A ação aconteceu na madrugada da quarta-feira (9) por determinação da prefeita Ana Sheila Lemos Andrade, da União Brasil, contra um grupo que ocupa a área do Município de Vitória da Conquista. No espaço seria construído o Centro de Controle de Zoonoses. Ex-prefeito, o deputado estadual José Raimundo Fontes, do Partido dos Trabalhadores, classificou a execução como “autoritária e desumana”. “É lamentável ver a forma autoritária e desumana como se comporta a Prefeitura no tratamento dessa luta, dessa reivindicação de setores pobres da população quando procuram um abrigo, um lar.
Durante os Governos do PT nós sempre tratamos as demandas populares com democracia, com diálogo e sempre nos esforçando para fazer o melhor no sentido de combater a desigualdade e garantir um acesso a saúde, educação, a uma vida melhor e no caso também a residências para população pobre”, disparou Zé Raimundo destacando os cinco mil lotes distribuídos no Loteamento Vila América durante a sua gestão no Município de Vitória da Conquista. “Age de má fé, de forma truculenta contra a população pobre e não oferece nenhuma alternativa”, afirmou o petista. A prefeita ainda não comentou, mas o secretário municipal de Infraestrutura Urbana, Jackson Apolinário Yoshiura, coordenador da Operação, disse que tudo aconteceu de forma pacífica na retomada de do espaço.
Procurado pelo BLOG DO ANDERSON, o advogado do Acampamento Terra Nobre, Erick Silveira, esclareceu a situação, denunciando “o caráter ilegal da operação, que não contou com qualquer ato formal ou notificação prévia, bem como o total desrespeito com a forma legal de cumprimento de despejos, no quesito horário e procedimento, ressaltando também que no ano passado, em uma reunião realizada junto aos órgãos da Prefeitura de Vitória da Conquista, todos os presentes se comprometeram a obedecer os trâmites legais, manter o diálogo e notificar, pessoalmente, o Fórum Popular e Sindical, que, à época, intermediou as tratativas, trazendo a denúncia do descumprimento de prévio acordo por parte do Poder Municipal”.