No próximo dia 15 de Setembro o Plenário Vereadora Carmem Lúcia vai promover um grande Lançamento Literário de autoria do escritor Durval Lemos Menezes. A obra que conta a vida do ex-deputado federal Elquisson Dias Soares, hoje com 79 anos de idade, vem com o título de “O Menino da Vila”. “É uma honra para o Legislativo lançar a biografia de Elquisson, um político que tanto trabalhou por Vitória da Conquista e região. Daremos a atenção necessária a esse pleito”, afirmou o presidente do Parlamento Conquistense, Luís Carlos Batista de Oliveira, o Dudé, durante reunião com o autor e o “Menino da Vila” em reunião que o BLOG DO ANDERSON destaca neste sábado (20).
Elquisson Dias Soares nasceu em Anagé (BA) em 27 de junho de 1940, filho de Rosel Dias Soares e de Laurinda Rosa Soares.
Bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, da qual foi presidente do diretório acadêmico de 1969 a 1972.
Em novembro de 1972 elegeu-se vereador em Vitória da Conquista (BA), pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar instaurado no país em abril de 1964. Com cerca de dois mil votos, teve a maior votação obtida até então por um vereador no município, considerado o mais importante do sudoeste baiano. Empossado em janeiro de 1973, foi líder da bancada oposicionista.
Em novembro de 1974 foi eleito para a Assembléia Legislativa com a maior votação do estado — 15 mil votos —, tomando posse em fevereiro do ano seguinte. Em 1975, 1976 e 1978 exerceu a vice-liderança da bancada e em 1977, a liderança.
Quarto candidato mais votado da Bahia, com 30 mil votos, elegeu-se deputado federal em novembro de 1978, tendo Vitória da Conquista como principal reduto eleitoral. Tomou posse em fevereiro de 1979 e, após a extinção do bipartidarismo, em novembro seguinte, e a conseqüente reorganização partidária, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), que deu continuidade à linha de ação do MDB. Participou da Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas, em 1979, e da Comissão de Constituição e Justiça, em 1980 e 1981. Nesse período foi relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar as causas e conseqüências das cheias do rio São Francisco.
Viajou para Roma, Paris e Lisboa, representando o Comitê Brasileiro pela Anistia, seção Bahia, para ouvir os exilados sobre o projeto de anistia do governo João Figueiredo, apresentado em 1979. Foi também delegado à 68ª Conferência da União Interparlamentar, em 1981.
Ainda nessa legislatura, foi membro e vice-presidente (1982) da Comissão de Constituição e Justiça. Nesse mesmo ano, foi membro da Comissão de Defesa do Consumidor e vice-presidente da comissão especial destinada a relatar o projeto do Código Civil. Reelegeu-se em novembro de 1982, iniciando novo mandato em fevereiro do ano seguinte.
Em 25 de abril de 1984 votou a favor da emenda Dante de Oliveira, que, apresentada na Câmara, propôs o restabelecimento das eleições diretas para presidente da República em novembro daquele ano. Como a emenda não obteve o número de votos indispensáveis à sua aprovação — faltaram 22 para que pudesse ser enviada à apreciação pelo Senado — no Colégio Eleitoral, reunido em 15 de janeiro de 1985, votou no candidato oposicionista Tancredo Neves, eleito presidente da República pela Aliança Democrática, união do PMDB com a dissidência do Partido Democrático Social (PDS) abrigada na Frente Liberal. Por motivo de doença, Tancredo não tomou posse, vindo a falecer em 21 de abril de 1985. Seu substituto foi o vice José Sarney, que exercia interinamente o cargo desde 15 de março desse ano.
Adversário político do ex-governador da Bahia Antônio Carlos Magalhães, em junho de 1985 deixou o PMDB, por não concordar com a nomeação de Antônio Carlos para ministro das Comunicações do governo José Sarney. Em seguida, aproximou-se de Leonel Brizola e em agosto de 1985 assumiu a presidência da Comissão Provisória do Partido Democrático Trabalhista (PDT) na Bahia. Nesse mesmo ano, tornou-se presidente regional do partido. Seu nome chegou a ser cogitado como candidato ao governo da Bahia em novembro de 1986, mas a candidatura acabou não vingando. O vencedor foi Valdir Pires, do PMDB. Em janeiro de 1987, deixou a Câmara, no fim da legislatura.
Em outubro de 1990 candidatou-se à Câmara, pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Ficou como terceiro suplente. Em outubro de 1994 voltou a disputar o mandato, de novo pelo PMDB, mas obteve apenas uma suplência. E nas eleições de 2002, fez nova tentativa infrutífera nesse sentido, dessa vez na legenda do Partido Popular Socialista (PPS).
Além de advogado, atuou como médio produtor de café em Vitória da Conquista.
Casou-se com Silméa Correia Soares, com quem teve três filhas.