Ainda considerado um mistério, o Santo Sudário, tecido de linho que supostamente teria sido usado para cobrir o corpo de Jesus Cristo e que, assim, teria ficado manchado com o sangue dele [deixando a impressão da silhueta], foi entregue à Igreja Católica no Século XIV. Agora, a suposta imagem em uma dimensão do filho de Deus volta a ser notícia com a criação de uma escultura hiperrealista, em tamanho real, do homem que teria deixado a marca de sangue no tecido.
Na última quinta-feira (13), a Catedral de Salamanca, na Espanha, passou a exibir a exposição The Mystery Man, que deve percorrer o mundo, incluindo São Paulo, com o suposto corpo de Cristo, que traz todos os ferimentos dos flagelos que teriam sido reproduzidos no Santo Sudário ou Sudário de Turim, referência à cidade italiana onde se encontra a relíquia católica. Segundo a Agência de Notícias Católicas [Catholic News Agency], a escultura hiper-realista é produzida em látex e silicone e pesa cerca de 75 quilos.
A postura do cadáver [rigor mortis] criada para a exposição seria a mesma presente no tecido cultuado pela Igreja. As pernas estão um pouco levantadas e dobradas, enquanto as mãos estão cruzadas na altura do púbis. O cabelo e os pelos usados na escultura são humanos e estão devidamente inseridos por todo o corpo, dos pés à cabeça. De acordo com a Agência de Notícias, quando alguém se aproxima da figura [com as mãos nas costas, seguindo as regras da exposição] pode observar até os poros da pele, as sardas e os detalhes dos cílios e sobrancelhas.
Na cabeça é possível ver as lacerações aparentes, que teriam sido causadas pela coroa de espinhos. Há uma espécie de trança nos cabelos na parte de trás da cabeça. Também é possível identificar hematomas nos ombros, que seriam decorrentes do peso da cruz usada na crucificação pelos romanos. Para se chegar a essa representação incrível de como seria Jesus Cristo, o curador da exposição, Álvaro Blanco, pesquisou por mais de 15 anos, levando em conta dados históricos e científicos, informa a Agência de Notícias.