O caos administrativo no Twitter alcançou novos contornos depois que os principais executivos de segurança da plataforma pediram demissão. As saídas ocorreram após um lançamento turbulento de novos recursos do aplicativo de mensagens curtas e gerou um aviso claro dos reguladores dos Estados Unidos da América. “A decretação da falência não pode ser descartada”, disse o magnata Elon Musk em reunião presencial com os funcionários da sede em São Francisco, alertando que a empresa estava gastando dinheiro perigosamente rápido, nesta sexta-feira (18). O novo dono do Twitter também apontou o fim do trabalho remoto e que os funcionários devem retornar aos escritórios, sob pena de demissão.
Nesse ambiente de incerteza, vários diretores da empresa deixaram seus cargos, incluindo Yoel Roth – que na última semana figurava como uma estrela em ascensão no Twitter e que o próprio Musk citava com frequência em seus tuítes – e Robin Wheeler, segundo a agência Bloomberg.
O perfil de Roth no Twitter já o identifica como “ex-chefe de confiança e segurança do Twitter”. Mas Wheeler, que desempenha um papel fundamental na relação da plataforma com os anunciantes e é considerada uma aliada importante de Musk dentro da empresa, refutou os rumores na quinta-feira: “Ainda estou aqui”, escreveu.
Roth e Wheeler acompanharam Musk em seus primeiros passos no Twitter como único proprietário e o ajudaram, por meio de tuítes que Musk mais tarde replicou, a delinear uma nova política de moderação de conteúdo que visava tranquilizar os usuários, mas acima de tudo os anunciantes, a principal fonte de renda da rede.
Esses dois nomes se somam às saídas de outros executivos: Lea Kissner, Damien Kieran e Marianne Fogarty, que passaram por chefias das unidades de segurança para usuários e que supostamente deixaram a empresa nas últimas horas – apenas Kissner confirmou. “Tomei a difícil decisão de deixar o Twitter”, publicou em sua conta particular na plataforma.