Aconteceu em Itaetê, na Chapada Diamantina, a primeira edição da Flitê [Feira Literária de Itaetê]. O evento ocorreu da quinta-feira (8) a domingo (11). A Flitê contou com o apoio dos deputados Waldenor Alves Pereira Filho e José Raimundo Fontes, do Partido dos Trabalhadores, que destinaram recursos de emendas parlamentares, intermediaram ação de financiamento junto a Fundação Pedro Calmón, do Governo da Bahia, e promoveram distribuição de livros com apoio da Assembleia Legislativa da Bahia. Ao todo, foram 600 exemplares entregues. “Os nossos mandatos definem como prioridade o apoio a diferentes atividades culturais, como festivais de música, de cinema e, com especial destaque, os eventos literários”, afirmou Waldenor Pereira.
Além da Flitê, o deputado citou outras feiras literárias apoiadas pelos mandatos: Fligê [Feira Literária de Mucugê], Flican [Feira Literária de Canudos], Felisquié [Feira Literária Internacional do Sertão de Jequié] e Flirecê [Feira Literária de Irecê]. Ele também revelou que, junto a Ester Figueiredo, já planeja incentivar a realização de eventos em outros municípios baianos. O deputado Zé Raimundo, por sua vez, destacou o fortalecimento da cultura como um dispositivo para cultivar princípios de solidariedade, em detrimento do ódio e da injustiça. “Os nossos mandatos têm tido essa preocupação em apoiar iniciativas nas áreas artístico-literárias e científicas, especialmente nas universidades e escolas públicas.
Para vencer o ódio e as desigualdades que as elites cultivam as nossas armas são a educação, a cultura e a solidariedade”. Para simbolizar a gratidão pelo apoio destinado, a Feira Literária de Flitê concedeu uma homenagem a ambos os deputados, Waldenor e Zé Raimundo, e também à professora Ester Figueiredo, que atuou como co-curadora da Flitê. A realização do evento foi assinada pelo Coletivo Tamanduá, com curadoria do professor Alexandre de Jesus. A Feira Literária de Itaetê promoveu uma extensa programação, composta por conferências, debates, espaço infantil, apresentações musicais e lançamentos de livros, dentre outras atividades artístico-culturais.
O tema que orientou a primeira edição da Flitê foi Etnicidade e Diversidade, orientando a programação com temas pertinentes à valorização de identidades culturais, preservação da memória e reafirmação de valores humanos emancipatórios. A curadora adjunta da Feira, Ester Figueiredo, destacou que várias feiras e festas literárias, com grupos de diferentes localidades, estão se apoiando e construindo uma rede de solidariedade. Curadora da Fligê, ela destacou que a Flitê nasceu do te rreno e incentivo da feira realizada em Mucugê. A homenageada foi a escritora Carolina Maria de Jesus, que se consagrou por meio do livro “Quarto de Despejo – Diário de uma Favelada”, obra que evidencia a desigualdade social e as condições de vida miseráveis dos moradores de uma favela do município de São Paulo por meio de registros cotidianos.