Atentado Nacional | bolsonarista do Pará é preso sob suspeita de tentar explodir bomba no Aeroporto de Brasília

Fotos: Reprodução | Twitter

Um homem foi preso, na noite de sábado (24), suspeito de tentar explodir uma bomba na área do Aeroporto Internacional de Brasília. Segundo o jornal Correio Braziliense, o acusado é um empresário paraense de 54 anos que estaria morando em Brasília para participar das manifestações na porta do Quartel General do Exército, movimento formado por devotos do presidente da República Brasileira Jair Messias Bolsonaro derrotado pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva nas Eleições 2022. Conforme informações iniciais, o homem se chama George Washington Oliveira Sousa, 54, empresário do ramo de gás no Pará.

Em seu perfil no Twitter, há uma foto da Bandeira do Brasil como foto principal e diz que tem como origem o município de Xinguara no Pará. George Sousa teria alugado em novembro um apartamento no Sudoeste, bairro do Distrito Federal, para participar das manifestações em frente ao Exército Brasileiro. O suspeito seria morador de Santarém, Oeste do Pará, e teria uma loja. Consoante a Polícia Civil do Distrito Federal, ele foi preso por investigadores da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) no apartamento onde estaria morando no Sudoeste. Junto dele, segundo a PCDF, foram apreendidos um fuzil, duas espingardas, revolveres, mais de 1 mil munições e artefatos explosivos. “Se esse material adentrasse o aeroporto de Brasília, próximo a um avião com 200 pessoas, seria uma tragédia aqui dentro de Brasília, jamais vista, seria motivo de vários noticiários internacionais, mas nós conseguimos interceptar”, falou o diretor-geral da PCDF, Robson Cândido, em coletiva de impressa. Em depoimento, a PC informou que o homem admitiu o crime.

“Ele não afirmou se tinha objetivo de fazer algo durante a posse presidencial na próxima semana, mas garantiu que a intenção era causar um tumulto aqui em Brasília”, informou Robson Cândido. De acordo com a PCDF, o acusado tem registro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC). “Ele é CAC, porém tudo que encontramos está fora das normas. Sendo assim, ele será autuado por porte, posse ilegal de armas de fogo, munição e artefatos explosivos e por crime contra o Estado democrático de direito”, revelou o diretor-geral. Pelo Twitter, o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, confirmou que está acompanhando a situação. “Estamos acompanhando as apurações sobre o suposto artefato explosivo encontrado em Brasília na manhã deste sábado. Teremos informações oficiais em breve”, complementou o ministro.

Notícias do portal Diário do Poder dão conta que equipes do esquadrão de bombas do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar do DF, desativaram o artefato, que chegou a ser detonado pelo acusado, e o entregaram à Polícia Civil que irá fazer a perícia. O objeto estava dentro de uma caixa, abandonada perto de uma loja de automóveis localizada na pista que dá acesso ao aeroporto. Durante a operação, uma das vias de acesso ao aeroporto foi interditada. O portal G1 informou que o objeto estava em um caminhão de combustível e que, mais cedo, o objeto teria sido detonado pela Polícia Militar. A esposa de George, Ana Claudia Leite de Queiroz, comentou ao portal Uol que não tomou conhecimento da detenção do marido. “Estou chocada. Isso não pode ter acontecido porque ele era uma pessoa pacifista. O meu marido nunca faria algo assim”, garantiu. Também ao Uol, o filho de George Washington de Oliveira Sousa frisou que a família era a contra a mudança à capital federal para participar de atos.

Ao Uol, o delegado-geral da PC-DF, Robson Candido, diz que a corporação deve começar a busca por novos envolvidos a partir desta segunda-feira (26). “Temos informações preliminares e, ao longo da semana, mais envolvidos podem ser presos. Ele confessa a participação de outras pessoas na tentativa de explosão”, declarou Candido. Segundo o delegado-geral da PC-DF, George Sousa usou emulsão de pedreira na tentativa de explosão. Esse tipo de produto é explosivo e usado por mineradoras em escavações. “Vamos verificar a origem. Queremos saber se houve doação ilegal ou furto desse material, usado em pedreiras e garimpos ilegais. É de fácil rastreagem, mas a checagem pode levar algumas semanas para ser finalizada”, disse ao Uol.


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